Imagens de satélite 18.07.2025 | 17h47
Antonov Airlines
Um dos maiores aviões de carga do mundo deixou o espaço aéreo da Ucrânia na semana passada após passar por um processo de modernização iniciado antes da invasão russa. O Antonov An-124 Ruslan, de matrícula UR-82073, partiu de Kiev no dia 11 de julho e seguiu para Leipzig, na Alemanha, em um voo incomum durante o conflito.
O espaço aéreo ucraniano está fechado para voos civis desde fevereiro de 2022. Por isso, a decolagem chamou atenção de moradores da capital e foi celebrada como um marco técnico e simbólico de Kiev, que tenta resistir às investidas russas. A Antonov, fabricante da aeronave, confirmou o voo em comunicado publicado na última quarta-feira (16).
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A origem exata da decolagem não foi revelada. Imagens de satélite e dados de rastreamento apontam que o An-124 pode ter saído do aeroporto de Svyatoshino, em Kiev, onde estava estacionado desde o início da guerra. Outras fontes indicam que a decolagem pode ter ocorrido em Dnipro, no leste do país. Durante o trajeto, o transponder (dispositivo que transmite dados da aeronave) permaneceu desligado e só foi ativado após cruzar a fronteira com a Polônia.
A operação causou reação em canais pró-Rússia, que criticaram a falha na detecção da aeronave em território ucraniano. O episódio também alimentou especulações de que a Antonov poderia ter usado um sinal falso de drone para despistar os radares. Especialistas, no entanto, consideram improvável que uma aeronave do porte do An-124 conseguisse passar despercebida.
Construído em 1994, o An-124 estava parado desde 2022 no aeroporto de Gostomel, onde o An-225 Mriya, na época a maior aeronave do mundo, com capacidade para transportar cargas de até 250 toneladas e um peso máximo de decolagem de 640 toneladas, foi destruído nos primeiros dias da guerra.
A nova aeronave, agora modernizada por Kiev, foi batizada de “Seja corajoso como Irpin”, em referência a uma das cidades atacadas pela Rússia.
O projeto de modernização começou em 2021, com foco na substituição de peças fabricadas na Rússia por componentes fornecidos por parceiros ocidentais e ucranianos. A reforma foi interrompida no início da guerra, quando o avião estava desmontado. A equipe da Antonov retomou os trabalhos em meio ao conflito e concluiu as atualizações em junho deste ano. Segundo a empresa, a aeronave já acumula mais de 21 mil horas de voo e mais de 5.500 operações.
O cargueiro retomará suas atividades a partir da base da Antonov em Leipzig, que tem operado voos civis e militares, incluindo o transporte de equipamentos fornecidos por aliados ocidentais. A companhia afirma que a saída do An-124 representa uma retomada operacional e uma forma de gerar receita para o país em guerra.
De acordo com a Air Charter Service, existem hoje 26 unidades civis do An-124 em operação no mundo. O modelo é usado para transporte de cargas volumosas e pesadas e teve sua produção encerrada nos últimos anos.
A Antonov informou que toda a frota atual da empresa está em locais considerados seguros, conforme protocolos internos. O voo do Ruslan foi o primeiro da Antonov Airlines a sair da Ucrânia desde o início da guerra.
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