COM NOVO LÍDER 10.09.2025 | 11h04
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Fred Moraes
Após a Polícia Civil desarticular o esquema liderado por Paulo Witter Farias Paelo, o “WT”, durante a operação Apito Final, em abril de 2024, o grupo criminoso se reestruturou para continuar cometendo os crimes, inclusive, com novos personagens assumindo as funções de quem já estava preso.
Um deles é Joseph Ibrahim Khargy Junior, 23, preso pelos investigadores nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (10). Delegado Rodrigo Azem destacou que “ficou demonstrado, de forma robusta, que ele tem envolvimento com o tráfico de drogas e o controle financeira da organização criminosa”.
Joseph foi preso em casa, em um condomínio no final da avenida do CPA. Policiais precisaram arrombar o local para cumprir as ordens judiciais. Ele não esboçou nenhuma reação. No local, nada de ilícito foi encontrado. O calular dele, bem como dois carros – um Corolla e um Ônix – foram apreendidos.
O novo ‘herdeiro’ do esquema não figurou na operação Apito Final. A relação de Joseph com WT, segundo o delegado, se dava na questão do tráfico de drogas e da ocultação do patrimônio. “Em análise dos dados, tem bastante conversa entre eles, que demonstram intimidade. Ele ainda assume função de domínio do tráfico em determinada região”, comenta. Os dois não eram amigos, conforme o Azem. Mas, tinham o vínculo ligado pelo crime.
Polícia cumpriu ainda 10 busca e apreensões, encontrando vários objetos de luxo, dinheiro e carros. “Foram apreendidos diversos itens de valores consideráveis para o patrimônio de pessoas que não têm capacidade financeira nenhuma adequada para adquirir esses itens”, disse o delegado.
Apito Final
Deflagrada em abril de 2024 pela Polícia Civil, por meio da GCCO/Draco, a Operação Apito Final revelou um esquema de lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 65 milhões. Na ocasião, foram cumpridas 54 ordens judiciais, incluindo o sequestro de 45 veículos e a indisponibilidade de 33 imóveis. O principal alvo, WT, que também era dono de um time de futebol, continua preso.
A investigação, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal utilizava diversas pessoas — entre amigos, familiares e advogados que atuavam como ‘laranjas’ — para adquirir imóveis, comprar e vender carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas.
Tempo Extra
A operação é considerada uma extensão direta da Operação Apito Final, já que os alvos de ambas as operações são praticamente os mesmos, o que reforça a tese de continuidade das atividades criminosas por parte do grupo.
A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo, impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais.
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