Dentista comprou ouro que não foi localizado após acidente

Garimpeiro de Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá) confirmou que o dentista Cleodson Alves Figueiredo Filho, 31, havia comprado com ele cerca de 142 gramas de ouro momentos antes do acidente que resultou em sua morte, no final da manhã de segunda-feira (9), na MT-060, entre Poconé e Livramento.

Apesar de ter comprado, o ouro não foi encontrado com a vítima ou no entorno do local do acidente no momento em que as autoridades registravam a ocorrência. O fato, que ainda segue sendo investigado, aumenta a tese de que o acidente foi ocasionado por uma perseguição. 

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Vale ressaltar que, conforme noticiado pelo , a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) encontrou 3 marcas de tiro na traseira do carro do dentista, um HB20 prata.

Em diligências, Polícia Civil identificou e conversou com o garimpeiro que atua na região de Poconé, e que foi o responsável pela venda do ouro para Cleodson. Ele confirmou o ato, dizendo que a vítima era seu cliente há algum tempo. Apesar de o ouro não ter sido encontrado, o celular e outros pertences da vítima estavam no local.

Reportagem entrou em contato com a 3ª Delegacia de Várzea Grande, mas não obteve retorno. 

Grupo não identificado

Outro veículo envolvido no acidente, um Renault Oroch, foi produto de roubo registrado em 7 de setembro, era dirigido por um grupo de assaltantes.

Conselheiros Tutelares de Poconé, que passavam pela via e flagraram o acidente, tiveram o veículo oficial roubado quando pararam para prestar socorro. Próximo do veículo em que os bandidos estavam policiais encontraram uma pistola Taurus calibre 38, que foi recolhida e será periciada.   

Cleodson era dentista formado pela Universidade de Cuiabá (Unic), especializado em ortodontia e estética e vinha atuando profissionalmente em Várzea Grande, informou o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT), em nota de pesar. 

Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e o secretário municipal de Educação, Alex Vieira Passos, também lamentaram a morte do profissional. A mãe e o padrasto do rapaz são servidores da Rede Municipal de Educação.