Incêndios em apartamentos foram criminosos, atesta perícia

Laudo pericial aponta que incêndios em 3 apartamentos do condomínio residencial Chapada dos Ipês, em Várzea Grande, foram provocados por ação humana e de forma intencional. Documento de 77 páginas faz parte de inquérito policial que investiga os incidentes ocorridos nos dias 25 e 26 de junho deste ano e é assinado pelo Perito Oficial Criminal Rondon Souza Oliveira. Conclui que os incêndios examinados do apartamento 202, ocorridos no período matutino do dia 26, foram produzidos por ação humana e de forma intencional (fogo posto).

Em relação aos incêndios nos apartamentos 303 e 403, ocorridos por volta de 12h do dia 26 e às 20h do dia 25 admite que tiveram a análise prejudicada, em função das importantes alterações produzidas por moradores e agentes do Corpo de Bombeiros, após o combate ao incêndio e antes da realização da perícia.

Entretanto têm como hipótese mais provável um evento provocado por ação humana, não sendo possível estabelecer se de forma acidental ou intencional, cita o relatório. Em todos os incêndios observou-se algumas coincidências, entre elas o fato de serem no mesmo bloco de apartamentos e terem ocorridos em um reduzido intervalo de tempo entre si. A constatação de que ocorreram no momento em que as portas de acesso estavam apenas encostadas ou arrombadas e as unidades sem moradores, o que permitiu livre acesso de qualquer pessoa ao interior dos imóveis. Dois deles ocorreram em momentos em que a energia elétrica estava desligada. Em ambos o foco de incêndio no sofá, mostrava os móveis colocados em posição semelhante, na direção da porta de acesso.

Conforme o perito, a diferença na intensidade entre os incêndios, principalmente no apartamento 403, pode ser considerada em função da diferença de tempo decorrido entre o início do incêndio e o início do combate às chamas. Nos outros dois incêndios, já havia um precedente e um estado de alerta dos próprios condôminos. Diante dessas considerações feitas a partir dos vestígios levantados nos exames de local, o perito não descarta a possibilidade de os 3 apartamentos terem sido atingidos de forma intencional, como ocorrido no apartamento 202, e, possivelmente, tendo a mesma autoria para todos os incêndios.

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