94 alvos 16.09.2025 | 16h49
yuri@gazetadigital.com.br
Luiz Leite
Maioria dos autores de violência doméstica e familiar denunciados em 2024, em Cuiabá, são empresários, aponta o Anuário 2024 - Relatório da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e do Plantão da Violência Doméstica e Crimes Sexuais divulgado nesta terça-feira (16).
Conforme o relatório, 82% dos casos de agressão contra mulheres, meninas e pessoas em situação de vulnerabilidade foram praticados por homens. E, na maioria das vezes, o agressor não é uma pessoa estranha.
Chama atenção ainda que mais de 50% deles têm idades entre 30 e 49 anos. Em seguida, são os de 18 a 29 anos. “Ou seja, a maioria dos agressores são homens jovens ou de meia-idade”, aponta a Polícia Civil.
Cerca de 36% deles têm ensino médio ou superior completo, enquanto 10% têm apenas alfabetização ou ensino fundamental.
A profissão reflete a diversidade da escolarização, por exemplo, o maior número de agressores presos se declararam empresários – um total de 94. Em seguida, estão motorista de aplicativo (92), autônomos (87), desempregados (84), advogado (53) e aposentado (47). Aparecem ainda médicos (26), policiais militares (24), professor (23) e engenheiros (19).
Outros dados
Conforme já noticiado pelo , o anuário aponta que o Dom Aquino foi o local com maior registro de violência doméstica, seguido pelo Porto, Pedra 90, Jardim Florianópolis, Parque Cuiabá, Duque de Caxias e Cidade Alta.
Porém, o relatório mostra que “bairros com maior diversidade econômica" também registraram casos de violência doméstica, entre eles o Morada da Serra, Centro, Jardim das Américas, Quilombo, Boa Esperança e o Centro Político.
“Isso indica que áreas mais centralizados ou desenvolvidos também registram casos de violência doméstica, o que desmitifica a ideia de que a violência doméstica está restrita apenas à periferia. Todavia, historicamente, a violência doméstica é subnotificada, sobretudo em regiões com menor acesso a delegacias especializadas, serviços de apoio psicológico e assistência jurídica, fatores que contribuem para a falta de comunicação dessas ocorrências nos registros oficiais”, diz trecho do relatório assinado pela delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes.
Em números, durante todo o ano de 2024, o bairro Dom Aquino registrou 52 ocorrência, mesma quantidade que o bairro do Porto. Já na Morada da Serra foram 49 casos de violência doméstica, seguido pelo Pedra 90, com 47. No Duque de Caxias, a polícia registrou 31 casos. No Goiabeiras foram 27 e no Jardim das Américas 20 registros.
Perfil das vítimas atendidas
Relatório aponta que, em sua grande maioria, as vítimas são mulheres brasileiras, solteiras e heterossexuais. O maior número de atendidas têm idades entre 30 e 49 anos e possuem o Ensino Superior completo.
Porém, cerca de 8,3% delas não atuam no mercado de trabalho e são “do lar”. Dados mostram ainda que 690 vítimas, cerca de 42% delas, sofreram violência do ex-companheiro e que estavam separadas entre 6 meses e dois anos.
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