dados do anuário 2024 16.09.2025 | 15h38

yuri@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
O bairro Dom Aquino, em Cuiabá, é o local mais violento para mulheres, aponta o Anuário 2024, com dados do Relatório da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e do Plantão da Violência Doméstica e Crimes Sexuais.
Divulgado nesta terça-feira (16), o anuário aponta que o Dom Aquino foi o local com maior registro de violência doméstica, seguido pelo Porto, Pedra 90, Jardim Florianópolis, Parque Cuiabá, Duque de Caxias e Cidade Alta.
Porém, o relatório mostra que “bairros com maior diversidade econômica" também registraram casos de violência doméstica, entre eles o Morada da Serra, Centro, Jardim das Américas, Quilombo, Boa Esperança e o Centro Político.
Em números, durante todo o ano de 2024, o bairro Dom Aquino registrou 52 ocorrência, mesma quantidade que o bairro do Porto. Já na Morada da Serra foram 49 casos de violência doméstica, seguido pelo Pedra 90, com 47.
No Duque de Caxias, a polícia registrou 31 casos. No Goiabeiras foram 27 e no Jardim das Américas 20 registros. “Isso indica que áreas mais centralizados ou desenvolvidos também registram casos de violência doméstica, o que desmitifica a ideia de que a violência doméstica está restrita apenas à periferia. Todavia, historicamente, a violência doméstica é subnotificada, sobretudo em regiões com menor acesso a delegacias especializadas, serviços de apoio psicológico e assistência jurídica, fatores que contribuem para a falta de comunicação dessas ocorrências nos registros oficiais”, diz trecho do relatório assinado pela delegada Judá Maali Pinheiro Marcoondes.
Perfil das vítimas atendidas
Relatório aponta que, em sua grande maioria, as vítimas são mulheres brasileiras, solteiras e heterossexuais. O maior número de atendidas têm idades entre 30 e 49 anos e possuem o Ensino Superior completo.
Porém, cerca de 8,3% delas não atuam no mercado de trabalho e são “do lar”. Dados mostram ainda que 690 vítimas, cerca de 42% delas, sofreram violência do ex-companheiro e que estavam separadas entre 6 meses e dois anos.
"Os dados coletados em 2024 pela Delegacia da Mulher de Cuiabá revelam que a maioria das mulheres vítimas de violência doméstica mantinha relacionamentos de média a longa duração com os agressores. Este padrão reforça a tendência já observada em estudos sobre violência doméstica, nos quais a permanência prolongada nas relações dificulta o rompimento por parte das vítimas, devido a fatores como dependência emocional, financeira, estigma social e até medo de represálias", diz o relatório
Embora a maior parte dos casos esteja associada a relacionamentos duradouros, a violência também se manifesta em fases iniciais das relações, exigindo atenção tanto para casos crônicos quanto para os de desenvolvimento recente.
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