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TROCA DE 'NUDES' ONLINE 18.11.2025 | 07h05

Operação faz buscas contra grupo do RS envolvido em 'sextorsão' em Mato Grosso

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Chico Ferreira

Chico Ferreira

Polícia Civil de Mato Grosso está nas ruas de 6 cidades do Rio Grande do Sul cumprindo 32 ordens judiciais para desarticular um grupo criminoso especializado em extorsão na internet. A Operação Falso Contato foi deflagrada na manhã desta terça-feira (18) e os alvos são criminosos envolvidos na modalidade "sextorsão" com vítimas em Mato Grosso, que trocam fotos íntimas e depois sofrem chantagens. Uma vítima de MT perdeu R$ 100 mil. 

 

Conforme divulgado pelo órgão, são cumpridos, na operação, 16 mandados de busca e apreensão domiciliar e outras medidas diversas da prisão, dentre elas, afastamentos do sigilo dos telefones investigados, expedidos pelo Juízo 4.0 de Garantias de Cuiabá.

 

Os alvos estão em Porto Alegre e em outras 5 cidades da região metropolitana. O objetivo inicial é apreendeu dispositivos eletrônicos. Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) identificou 16 criminosos que integram o grupo.

 

Alguns têm ligação com presos na Penitenciária Estadual de Charqueadas (RS), também envolvidos no golpe de "sextorsão". 

 

Como funciona o crime

 

No esquema de extorsão identificado pela DRCI, os criminosos entravam em contato com vítimas por meio de redes sociais, como o Instagram, por meio de um perfil falso de uma suposta adolescente. Com o pretexto de buscar orientações profissionais, a conversa migrava para o aplicativo WhatsApp.

 

Após conseguir uma foto do rosto da vítima, o grupo criminoso realizava a montagem de vídeos ou fotos íntimas falsas. Na sequência, um segundo suspeito entrava em contato se passando por "policial civil" ou "pai da suposta adolescente", sob a falsa alegação de que a vítima teria trocado imagens íntimas com uma menor, criando uma ameaça de prisão por pedofilia e exposição pública.

 

A extorsão se consumava com a exigência de pagamentos significativos, chegando a R$ 100 mil (como no caso em Mato Grosso), sob o pretexto de "acordos" ou "multas", para que não dessem andamento a uma possível investigação. Para aumentar a pressão, os suspeitos escalavam as ameaças, chegando a afirmar que seriam membros de determinada facção criminosa.

 

Investigação

 

A operação é resultado de uma investigação complexa, que se estendeu por quase dois anos, com diligências cruciais para mapear a rede de atuação dos criminosos, que operavam a partir de diversas contas falsas em redes sociais e e-mails.

 

Segundo o delegado Guilherme Campomar da Rocha, responsável pelas investigações, o trabalho investigativo permitiu identificar um elo entre todos os 16 suspeitos, sendo os envolvidos reeducandos e ex-reeducandos da Penitenciária Estadual de Charqueadas (RS), além de familiares ou visitantes.

 

"A operação é a prova do empenho de quase dois anos de investigação, em que utilizamos tecnologia de ponta e análise complexa de dados telemáticos para mapear uma rede interestadual de extorsão. O crime cibernético não é sem rosto; ele deixa rastros, e a Polícia Civil de Mato Grosso já provou que tem a capacidade técnica para identificá-los e responsabilizá-los", disse o delegado.

 

Para o delegado titular da DRCI, Guilherme Fachinelli, a Operação Falso Contato demonstra o trabalho incansável da Polícia Civil de Mato Grosso em dar respostas duras a todos aqueles que se aventuram a vir ao Estado de Mato Grosso buscar vítimas, mesmo que de forma virtual.

 

A operação contou com apoio da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado (Cecor), da Polícia Civil de Mato Grosso, e do Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCCP), da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. 

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