Pais de PM podem ter participado da morte de personal, diz PJC

Os pais do policial militar Raylton Mourão foram ouvidos pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta segunda-feira (29), diante dos indícios de participação no homicídio que vitimou a personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, 33, no dia 11 de setembro, em Várzea Grande.

Conforme as informações da Polícia Civil, depoimentos coletados apontam vários indícios de possível envolvimento dos pais do militar no crime.

“Há fortes indicativos que eles (os pais do policial militar) tenham tido colaboração nessa empreitada criminosa. Em depoimento, nós constatamos vários apontamentos falsos declarados por eles. O que nos leva a crer que eles participaram, de certa forma, na ação criminosa realizada pelo filho”, disse o delegado Caio Albuquerque. 

Ainda nesta segunda, a DHPP deflagrou a segunda fase da Operação Moeda de Sangue e cumpriu 3 buscas e apreensões em endereços ligados ao militar, que já está preso. As equipes estiveram em uma oficina mecânica, em uma casa e em uma chácara. Todos na cidade de Rosário Oeste.

Os locais, conforme apurado, tem ligação com um amigo do policial militar. Na operação, foram apreendidos uma picape Montana e moto Tornado, além de aparelhos celulares.

De acordo com Albuquerque, não se trata da moto que foi usada no dia do crime, mas sim a que teria sido utilizada dias antes para monitorar a vítima.

Conforme o delegado, o suspeito que teria utilizado os veículos apreendidos chegou a dispensar o aparelho celular, momento antes da chegada dos policiais.

“Neste momento, vamos ouvi-lo para saber qual relação dele com os fatos”, explicou o delegado Caio Albuquerque sobre a relação desse amigo com a ação criminosa.