PMs e familiares são ameaçados

Estado reforça com mais 20 policiais militares armados a segurança no distrito de Conselvan, município de Aripuanã (1002 km a noroeste), depois de liderança da facção Comando Vermelho (CV) fazer ameaças a policiais e familiares por telefone e mandar recado acompanhado de imagens de pelo menos três fuzis sendo manuseados por criminosos.

Tensão na região se agravou após a morte de Francisco Geraldo Fonseca da Silva, 24, disciplina na facção, durante confronto com policiais militares em Conselvan, na tarde de terça-feira (23). O autor das ameaças é Mateus Arruda dos Santos, o Neguinho PC, que agora é caçado pelas forças de segurança da região.

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Em ligação feita para um dos militares que atua no distrito, Neguinho pede para ele frear os amigos de farda senão vai dar ruim. Enfatiza que o CV é o poder paralelo do estado e não quer guerra, mas diz que a polícia não pode derramar o sangue dos soldados da facção, só prender. Assegura que a facção não quer guerra porque não aguenta e também não quer levar problemas aos superiores da facção que estão presos. Mas alerta que se a facção quiser pode sim atentar contra os policiais da região e seus familiares. Se fosse pra matar um dos policias aí, nós mostravamos e matávamos, rápido, cita trecho da conversa. Argumenta que a facção atua com advogados, dentro dos direitos humanos e termina a conversa pedindo que Deus abençoe o policial.

Segundo o tenente-coronel Hender Ulisses da Silva, comandante do 8º Comando Regional da Polícia Militar, que abrange 12 municípios e nove distritos da região, tão logo as ameaças foram feitas na quarta-feira, a Secretaria de Segurança determinou prontamente o envio de policiais militares da Capital, além do reforço de equipes do comando regional para a cidade, por tempo indeterminado.

O comandante assegura que antes a PM não sabia a identidade da liderança da facção, e após ele assumir as ameaças isso foi possível. Tanto Neguinho como seu braço direito Francisco, morto em confronto, são investigados por diversos homicídios e desaparecimento de pessoas da região, assegura Hender Ulisses.

Francisco fugiu de uma abordagem policial seguindo por uma trilha estreita, pilotando sua motocicleta, quando foi alvejado ao fazer menção de atirar.

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