concursados na espera 17.07.2025 | 15h40
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
A proposta do governo de Mato Grosso de contratar policiais militares temporários no lugar de realizar concurso tem repercutido negativamente desde que foi anunciada, esta semana. O ex-comandante da Polícia Militar, Alexandre Mendes, avaliou negativamente a medida e chegou a dizer que ela pode fortalecer o crime organizado quando estes servidores forem desligados. O deputado Elizeu Nascimento também comentou a medida e disse que ela é inconstitucional. Logo após a repercussão, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, Coronel Fernando, declarou que a possibilidade foi cancelada.
Em vídeo, publicado nesta quinta-feira (17), ele enfatizou que o Estado de Mato Grosso não irá contratar policiais militares temporários. Explicou que esteve em Brasília na última semana e que temas com a segurança pública foram discutidos. A proposta chegou a ser publicada no boletim da PM.
“Ali foi apresentado a possibilidade da contratação de policiais militares temporários. Essa proposta foi trazida para o Estado Mato Grosso e, ao ser apresentado ao governador Mauro Moraes, ela foi cancelada. Esses estudos não irão acontecer aqui no Estado Mato Grosso, essa proposta não irá prosperar”, garantiu.
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O policial ainda deixou claro que existem alguns concursos em andamentos para realização de novas convocações. “Existe uma forma fazer concurso aqui no estado Mato Grosso e o modo como o governador Mauro Mendes conduz a segurança pública será mantida”, finalizou.
O tema foi comentado pelo ex-comandante da Polícia Militar, Coronel Mendes. Ele enfatizou que a contratação de policiais militares temporários é inconstitucional e citou, inclusive, que alguns militares podem se associar a facções criminosas ao fim do contrato.
“Essa modalidade é inconstitucional. Alguns estados já tentaram esse tipo de atividade e não deu certo. Rio de Janeiro teve, na década passada, essa modalidade para tentar suprir a insegurança daquele estado, não deu certo. Vários policiais temporários, ao terminarem seu contrato, foram assediados para entrar numa organização criminosa. Isso porque eles tiveram treinamento, tiveram informações de dentro da instituição e após vencer o seu prazo, eles simplesmente retornaram para a sua casa sem qualquer garantia de emprego”, argumentou em vídeo.
Ele informou que não sabe a intenção de colocar PMs temporários, sendo que, atualmente, existem mais de mil candidatos aprovados em concurso e no cadastro reserva para serem convocados.
A Portaria N° 27 /GCG/PMMT/2025, do dia 14 de julho de 2025, institui Comissão para implementação de Policial Temporário na Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
Nela, o comandante-geral, coronel Fernando, considera a necessidade de instituir comissão para realizar estudos que visam a implementação de policial temporário na Polícia Militar do Estado de Mato Grosso.
Na portaria, ainda foram selecionados os membros da comissão, sendo eles o Coronel José Nildo Silva de Oliveira, Subchefe do Estado-Maior Geral e o Tenente Coronel Alessandro Gonçalves Guimarães Ferreira, Diretor de Gestão de Pessoas.
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roberto - 18/07/2025
A contratação de pessoal sem concurso como regra — especialmente em áreas essenciais — prejudica a continuidade, a qualidade e a legalidade dos serviços públicos. Além disso, fere o espírito da CF/88, que exige concurso para garantir a eficiência e a estabilidade do funcionalismo público.
Marlan - 17/07/2025
POLICIAL MILITAR TEMPORÁRIO???? ISSO SÓ PODE SER PIADA DE MAL GOSTO NÉ...SEM COMENTÁRIOS.
2 comentários