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Operação Código Seguro 21.10.2025 | 11h22

Servidor da Polícia Civil tem senha vazada e criminosos acessam sistema para aplicar golpes

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Maria Klara Duque - Especial para o GD

maria.klara@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Um servidor da Polícia Civil de Mato Grosso teve sua senha de acesso ao sistema interno da instituição vazada e utilizada por criminosos cibernéticos. O grupo invadiu o sistema para consultar dados de veículos roubados e usava os números de chassi obtidos para remarcar automóveis, emitir documentos falsos e revendê-los ilegalmente.

De acordo com as investigações, criminosos tiveram acesso indevido ao sistema da Polícia Civil por meio de usuário e senha de um servidor público, que teve suas credenciais vazadas sem qualquer envolvimento direto com o esquema. Com essas informações, os golpistas consultavam chassis de veículos roubados ou furtados, falsificavam documentos e revendiam posteriormente os automóveis como regulares. Além do acesso ao sistema do Mato Grosso, a Polícia Civil de outros estados também tiveram seus sistemas utilizados pela organização criminosa. 

 

O delegado Gustavo Godoy Alevado, responsável pelas investigações, explicou que o acesso irregular foi rapidamente identificado pelo setor de tecnologia da corporação. 

 

“O próprio sistema da Polícia Civil identificou os acessos indevidos e bloqueou as credenciais comprometidas. Esses criminosos usaram dados de servidores que provavelmente não tiveram a devida cautela na guarda das senhas”, afirmou o delegado.

Leia também - Operação mira quadrilha que lucrava milhões com fraudes digitais em todo o país

 

A partir dessa descoberta, a DRCI (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos) iniciou uma série de operações que revelou um complexo esquema de crimes digitais, envolvendo desde o uso de robôs automatizados para coletar informações até golpes com cartões de crédito clonados.

 

Durante a apuração, a polícia descobriu que o grupo também vendia dados sensíveis, criava sites falsos e usava canais no Telegram e WhatsApp para operar as fraudes. Parte do lucro era lavado por meio de apostas esportivas e criptomoedas, simulando ganhos legais.

 

Operação em 10 estados e bloqueio de R$ 5,9 milhões

 

Com base nas provas reunidas, o Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá expediu 48 ordens judiciais, incluindo 7 mandados de prisão, 15 de busca e apreensão, 15 afastamentos telemáticos, 3 retiradas de sites do ar, exclusões de canais de comunicação e o bloqueio de mais de R$ 5,9 milhões em bens.

 

Os mandados foram cumpridos em 10 estados: Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia, Amazonas e Minas Gerais.

 

As duas primeiras fases da operação ocorreram em julho e novembro de 2024, quando a polícia desarticulou parte do grupo que operava a partir de Francisco Alves (PR), cidade onde o líder da quadrilha conhecido como “Ganso”, que já estava preso em Cascavel (PR), mantinha os servidores de sites usados nas fraudes.

 

O delegado Guilherme Fachinelli, titular da DRCI, destacou que a operação representa um marco no combate aos crimes cibernéticos em Mato Grosso.

 

“A Operação Código Seguro demonstra a capacidade técnica da Polícia Civil em rastrear, identificar e desarticular organizações criminosas que atuam em larga escala na internet. Nosso objetivo é proteger dados sensíveis e garantir a integridade das instituições e da sociedade”, afirmou.

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