Policiais penais envolvidos 16.04.2025 | 09h30

maria.klara@gazetadigital.com.br
PJC
A Polícia Civil revelou que os dois detentos que fugiram do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, e o policial penal Leo Márcio da Silva Santos, alvos da Operação Shadow, se reuniram em uma churrascaria de Cuiabá momentos depois da saída do presídio. Duas mulheres também participaram do encontro e integravam o grupo responsável por facilitar a evasão dos criminosos.
Como já noticiado pelo
, os detentos saíram da unidade prisional com ajuda do policial e do ex-diretor da unidade, Adão Elias Júnior, utilizando um veículo oficial do sistema penitenciário.
As estratégias envolveram autorizações fraudulentas de saída, trocas de veículos, omissão de informações e atrasos intencionais na comunicação da fuga.
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No dia da evasão, o reeducando Thiago Augusto Falcão de Oliveira se encontrou com o então diretor da unidade, Adão, em uma sala sem monitoramento, onde foi possivelmente assinado o termo que autorizava a saída dos detentos. O líder da facção criminosa, Gilmar Reis da Silva, conhecido como “Vovozona”, de alta periculosidade, utilizou esse documento para sair da penitenciária escondido na caminhonete F-250 do Sistema Penitenciário, dirigida por Léo.
Durante o trajeto, a caminhonete apresentou problemas mecânicos e os envolvidos decidiram trocar de veículo, optando por uma Hilux pertencente ao próprio faccionado. O objetivo era despistar a fuga e deixar a caminhonete oficial na oficina, mantendo as aparências de normalidade.
Após a troca, os fugitivos encontraram novamente o policial penal e seguiram para uma churrascaria na Avenida Miguel Sutil. Lá, almoçaram com duas mulheres do grupo criminoso, que chegaram ao local em uma Mitsubishi Pajero. Uma delas pagou a conta. Após o almoço, Gilmar deixou o local com as mulheres, e o outro preso, após sair com o policial penal, também se juntou ao trio, efetivando a fuga.
Os envolvidos ainda tentaram encobrir os fatos registrando boletins de ocorrência com versões divergentes e omissões, especialmente quanto ao local da fuga. A investigação indica que, caso tivessem sido relatadas corretamente as circunstâncias, as forças de segurança poderiam ter recapturado os fugitivos e detido as cúmplices.
A Operação Shadow, deflagrada na segunda-feira (14.04), cumpriu 35 ordens judiciais contra os envolvidos. Os investigados, incluindo dois policiais penais, responderão por facilitação de fuga e participação em organização criminosa.
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João Benedito Souza - 16/04/2025
Que situação estamos no Brasil funcionário públicos envolvidos nas facções.Agora vamos ver se a justiça não alivia a pena deles...
JOSE LUIZ MARAN - 16/04/2025
NÃO EXISTE CRIME " organizado" sem a ""cobertura"" de policiais.
2 comentários