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cemitério clandestino 13.08.2025 | 18h09

Vítimas encontradas em VG são identificadas com banco de DNA

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Corpos de 4 pessoas encontrados em abril, em um cemitério clandestino de Várzea Grande, foram identificados com o auxílio do Banco Estadual de Perfis Genéticos (BEPG), após familiares de desaparecidos coletarem os registros de DNA. Das 4 vítimas, duas eram do Maranhão e duas do Amazonas. Diego de Sales Santos, Mefibozete Pereira da Solidade, Ricardo Oliveira Alves e Ryan Matos Alves (pai e filho) tinham boletim relatando o sumiço.

 

O trabalho de identificação realizado pela Polícia Civil e pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) reforça a importância da Campanha Nacional de Mobilização de Coleta de DNAs de Familiares de Vítimas Desaparecidas, para abastecimento do banco de dados de perfil genético, que podem trazer respostas para muitas famílias que buscam por parentes desaparecidos. O objetivo é garantir que cada família tenha a chance de encontrar respostas, por meio da ciência e da cooperação entre os estados.

 

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Entre os corpos localizados, estão as vítimas identificadas como Diego de Sales Santos e Mefibozete Pereira da Solidade, que vieram do Maranhão para trabalhar em Várzea Grande. No dia 10 de janeiro deste ano, o proprietário da empresa que havia contratado os maranhenses procurou a delegacia para registrar o desaparecimento de 5 funcionários.

 

Segundo o comunicante, trabalhadores chegaram no dia 9 de janeiro a um posto na Rodovia dos Imigrantes e estavam em um alojamento em Várzea Grande. No dia 10, o patrão foi até o alojamento para buscar os funcionários, porém eles já não estavam mais lá.

 

Na mesma área de mata também foram localizados os corpos de duas vítimas oriundas do estado do Amazonas, posteriormente identificadas como Ricardo Oliveira Alves, 41, e Ryan Matos Alves, 18 (pai e filho).

 

Investigações

Após a localização do cemitério clandestino em Várzea Grande e diante da possibilidade de serem das vítimas de desaparecimento, a equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas fez a requisição de coleta de DNA de familiares das vítimas do estado do Maranhão, para verificar se eram compatíveis com as dos corpos localizados.

 

As requisições foram encaminhadas para cidades diferentes, relacionadas às famílias de cada uma das vítimas, para o ponto de coleta mais próximo, com o fim de facilitar a coleta do material genético. No caso das vítimas amazonenses, a mãe de um dos desaparecidos veio para Cuiabá para acompanhar as investigações, ocasião em que prestou depoimento e também foi realizada a coleta do DNA.

 

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Análise de DNA, exame laboratorial, ciência, médico, saúde, sangue, amostra

 

Em ambos os casos, a identificação dos corpos foi possível graças à coleta do material genético dos familiares das vítimas. Com a confirmação da identidade dos corpos, os casos que eram investigados como desaparecimento foram tramitados para DHPP para instauração de inquérito para apurar os homicídios.

 

Banco Estadual

O banco estadual funciona como uma biblioteca de amostras genéticas de corpos ou restos mortais sem identificação nas unidades da Diretoria Metropolitana de Medicina Legal (DMML) do Estado. A partir dele, parentes de desaparecidos podem ceder uma amostra de seu material genético para permitir a identificação do morto.

 

Além disso, o Banco Estadual tem o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos a fim de auxiliar na investigação de crimes ou na instrução de processos judiciais.

 

Após a verificação de toda a documentação referente a ambos os casos, revisão de resultados, metadados específicos para identificação de pessoas, laudos elaborados, incluindo local do achado dos restos mortais, medicina legal, antropologia, e dos documentos emitidos pelas autoridades requisitantes de tais exames, é elaborado o laudo pericial, que é encaminhado para o Núcleo de Pessoas Desaparecidas  para os devidos trâmites de finalização das investigações e comunicação com os familiares envolvidos.

   

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Divulgação você tem um desaparecido?

 

Campanha Nacional

Desde o ano de 2021, a Politec aderiu à campanha nacional de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, que possam permitir a análise e identificação de restos mortais não identificados em IMLs de Mato Grosso e do país. O BEPG faz parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, compostos por 23 laboratórios forenses pelo país, que formam o Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).

 

Neste ano, a ação ocorre até dia 15 de agosto, com objetivo incentivar familiares de pessoas desaparecidas a doarem material genético, que será comparado com perfis armazenados nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O cruzamento de informações com pessoas falecidas ou com pessoas vivas com identidade desconhecida poderá permitir a identificação de desaparecidos.

 

Além da coleta de novas amostras, a campanha articula uma força-tarefa nacional para acelerar a análise de perfis genéticos que ainda aguardam processamento. A coordenação é da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com instituições estaduais: laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e autoridades centrais estaduais.

 

Confira aqui os pontos de coleta em Mato Grosso

 

 

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