'R$ 500 mil' para combate a violência 28.08.2025 | 16h10
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
O secretário da Casa Civil Fábio Garcia (União) negou informação da deputada Janaina Riva (MDB) de que o governo do Estado teria investido somente meio milhão de reais em ações de prevenção e combate à violência contra mulheres. Ele ainda sinalizou que deve pedir informações para as secretarias competentes sobre o montante destinado a ações de proteção. O gestor ainda avalia que penas mais duras para agressores seria uma forma de inibir a violência.
“Não tenho conhecimento disso e tenho absoluta convicção que o estado investe muito mais que R$ 500 mil nas políticas de defesa da mulher, em combate a violência contra mulher do que esse valor. Posso pedir à Secretária de Segurança Pública e Secretaria de Assistência Social fazer esse levantamento do volume de recursos que destinados a esses programas, mas obviamente é muito maior do que o valor que ela está falando”, justificou.
Garcia ainda apontou que o governo tem ações para reduzir o alto índice de feminicídio e de agressões às mulheres no estado, mas considera que o problema não seja somente em Mato Grosso, e sim em todo país. Para ele, o cenário é fruto de uma cultura machista que se desenvolve ainda dentro das casas.
“O Brasil ainda carrega uma cultura machista, mas precisa ser combatido, na minha percepção, com penas mais duras e nisso há um trabalho legislativo a ser feito, porque o agressor tem que ter medo da pena, tem que saber que se cometer agressão será punido severamente. O medo é limitador da ação do ser humano”, analisou.
Em coletiva na tarde de terça-feira (26), no Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a deputada Janaina Riva (MDB) revelou que Mato Grosso possui baixos investimentos para conter a violência contra mulheres. Segundo ela, somente R$ 500 mil estariam previstos no orçamento de 2024 para essa finalidade que não teriam sido aplicados, sendo remanejados pelo governo estadual.
“Estamos falando de um valor já insuficiente diante da gravidade do problema, e que sequer foi utilizado. Isso é um desrespeito com mais de 52% da população mato-grossense, que são mulheres. Queremos justiça, queremos orçamento para mulheres. Esta CPI é importante para que tenhamos mais clareza com relação a como o Estado, no sentido mais amplo da palavra, está defendendo suas mulheres e trabalhando para que não sejam mortas”, afirmou a parlamentar que esteve ao lado das deputadas Sheila Klener (PSDB) e Edna Sampaio (PT) durante coletiva à imprensa para reforçar a CPI do Feminicídio na Assembleia Legislativa.
O deputado Fábio Garcia também expôs, na quarta (27), que o Estado fez um acordo com a deputada Edna Sampaio (PT) para que fosse criada uma comissão especial de combate ao feminicídio, em vez da CPI. A informação também foi confirmada pela Secretaria de Comunicação do Governo do Estado (Secom). O acordo foi firmado após reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e o deputado estadual Wilson Santos, que acompanhou a parlamentar.
A deputada Edna encabeçava a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os crimes de feminicídio.
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