INDICIADOS POR FAKE NEWS 07.04.2022 | 13h25
redacao@gazetadigital.com.br
Mayke Toscano/Secom
O governador Mauro Mendes (União) cita gangue e malandros para comentar a conclusão do inquérito policial da Fake News, que indiciou o empresário Marco Pólo, o "Popó", irmão do prefeito Emanuel Pinheiro, o jornalista Alexandre Aprá e mais dois ex-servidores da Prefeitura de Cuiabá, como uma organização criminosa com viés político e responsáveis por disseminar informações falsas contra a família do governador.
Segundo Mendes, as denúncias de que ele teria ordenado a gravação de deputados estaduais e contratado um detetive para incriminar Aprá foram plantadas por 'malandros' e pela 'gangue em torno da prefeitura'.
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"Não tive acesso ainda ao resultado final da investigação, mas nunca tive dúvida, porque eu sei que nós nunca praticamos aquela armação, aquela malandragem que esse pseudo jornalista, junto com a gangue que está em torno dele e da Prefeitura de cuiabá, e que eles praticaram contra honra da minha família, da minha esposa do meus filhos, são verdadeiros criminosos e malandro", disse Mauro Mendes nessa quinta-feira (7).
O chefe do Paiaguás ainda afirmou que lamenta que " marginais" estão infiltrados na imprensa e política. "Lamento profundamente que essas pessoas existam e que estejam praticando esse time de crime contra mim contra minha família, contra minha esposa, contra os meus filhos e contra outros atores. Malandro é malandro e ponto", completa.
Mauro diz esperar que todos respondam criminalmente pelos. Ele ainda citou o fato da notícia envolvendo um detetive que supostamente teria sido contratado por ele para perseguir Alexandre Aprá, ganhou destaque nacional na imprensa.
"Aquela armação que eles colocaram em rede nacional, aquilo mostra o caráter de malandro, sem vergonha de bandido. Mas a justiça tarda, mas não falha".
A Delegacia Especializada de Crimes Informáticas (DRCI) concluiu o inquérito da Operação Fake News, indiciou Popó Pinheiro – que é irmão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) -, um ex-servidor da Saúde William Sidney Araújo de Moraes e um ex-assessor identificado como Luiz Augusto Vieira Silva, o Guto, além do jornalista Alexandre Aprá.
Os indiciados vão responder pelos crimes de associação criminosa, injúria, calúnia, difamação, perseguição e falsa identidade.
Investigação
Conforme apuração da especializada, os indicados produziam e disseminavam as noticias falsas, bem como fotos, vídeos, memes e textos apócrifos com conteúdos ofensivos contra agentes políticos, empresários e servidores públicos do Estado.
Com o material apreendido, foi realizado um intenso trabalho investigativo tecnológico que permitiu identificar que os 4 investigados integravam a associação criminosa com motivação política.
A Polícia destacou que um dos homens cumpre pena em regime aberto em razão de condenação por roubo majorado, furto qualificado e por integrar quadrilha de roubo a banco.
Outro lado
O advogado Francisco Faiad, que faz a defesa de Popó Pinheiro, afirmou que não concorda com indiciamento e que irá apresentar a defesa assim que o Ministério Público receber o inquérito para decidir se acata ou não a decisão da Polícia Civil.
"Esse indiciamento é um direito exclusivo do delegado sem a participação do Ministério Público e da defesa. Mas não concordamos com isso porque essa decisão vai contra todas as provas que estão no inquérito. Portanto vamos apresentar a nossa defesa assim que for possível e demonstrar que tal indiciamento é uma injustiça.
Já o jornalista Alexandre Aprá encaminhou uma nota afirmando que tal indiciamento é uma represália por ter denunciado o delegado e o promotor do inquérito de 'obstrução de justiça'. Veja na íntegra:
"Estou sofrendo represália porque representei o delegado e o promotor do inquérito por obstrução de Justiça no inquérito que apura a contratação de um detetive particular que foi filmado dizendo ter sido contratado pelo governador do Estado por intermédio de um fornecedor. Ambos estão trabalhando para obstruir o andamento da investigação da contratação do detetive e tentar desqualificar a notícia-crime que apresentei me envolvendo em fatos que em nada tem a ver com o que denunciei. Mas, não temo nada porque há fartos elementos no inquérito sobre a contratação do detetive e, mesmo com a recusa do delegado da DRCI e do promotor do caso em investigá-los, a verdade irá aparecer."
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