chegaram a um acordo 15.06.2022 | 08h25
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Os partidos que formam a coligação de apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegaram a um acordo sobre a prévia do programa de governo do petista. A decisão foi por remover o termo ‘revogação‘ da reforma trabalhista feita no governo Temer, como o próprio Lula já havia sinalizado em discursos. Além disso, os partidos decidiram ampliar o aceno aos policiais e o trecho que trata da proteção do meio ambiente - este último, movido pela repercussão e comoção do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, na Amazônia.
Na semana passada, o documento com 90 propostas iniciais para o programa, tratou da revogação da reforma trabalhista. Apoiadores da campanha de Lula, no entanto, demonstraram descontentamento com a previsão, que foi incluída para atender pressões internas do PT e do PSOL.
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Agora, a nova redação do projeto usa como base um documento elaborado pelas centrais sindicais durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) deste ano. Além de falar em abrir mesa de negociação e fortalecer sindicatos, os partidos optaram por tratar o assunto como revogação das ‘medidas regressivas‘ da reforma trabalhista - e não da reforma como um todo.
Na última semana, petistas se reuniram com sindicatos e aliados para receber sugestões de emendas e substitutivos do texto. O texto final deve ser divulgado no dia 21. Então, passará por uma plataforma online para sugestões da sociedade.
Gleisi Hoffmann: O verbo usado é o que menos importa
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, minimizou a polêmica sobre a questão trabalhista. Segundo a dirigente, ‘o verbo usado é o que menos importa‘. ‘Revogar ou revisar são verbos equivalentes. Para rever uma legislação ao final tem de revogar as disposições em contrário. Essa celeuma em relação à reforma trabalhista é fumaça. Não ajuda na solução do problema que temos hoje, desemprego e baixa renda‘, disse Gleisi no domingo, antes, portanto, do acordo entre os partidos da coligação.
A nova prévia do programa também avançou no debate sobre segurança pública. A valorização de policiais já era prevista no texto anterior, mas agora incorporou sugestões de profissionais de segurança, apresentadas pelo PSB. As diretrizes incluirão previsões para a modernização das instituições de segurança e das carreiras policiais. Durante a campanha, Lula cometeu uma gafe ao falar que Bolsonaro ‘não gosta de gente, ele gosta de policial‘.
Criticado por adversários e cobrado pela corporação, corrigiu-se no dia seguinte e pediu desculpas. Lula disse que, na verdade, queria dizer que Bolsonaro gosta ‘de milicianos‘ e afirmou que policiais ‘salvam muita gente‘ e devem ser tratados como trabalhadores.
Os partidos também aderiram sugestões da Rede, PSOL e PV para ampliar a proteção ambiental no projeto. ‘O desaparecimento do Bruno e do Dom impactou muito no debate‘, disse o representante da Rede na reunião desta terça-feira, 14, Pedro Ivo Souza Alcântara, sobre as alterações na área ambiental.
Petistas e aliados, segundo ele, querem criar uma Força Nacional, ou um órgão dentro da Força Nacional para o combate a crimes ambientais. ‘Está muito presente, inclusive retomar, porque estão sendo desmontados o sistema do meio ambiente e a Funai‘, afirma.
Uma das propostas que devem ser levadas adiante é a promessa de alcançar um índice zero de ‘desmatamento líquido‘ da Amazônia. ‘Isso quer dizer que vai recompor e reflorestar, coibindo o desmatamento, vai zerar progressivamente o desmatamento‘, diz.
Marina declara apoio a Haddad em São Paulo
Além de ter uma cadeira na coordenação e na costura do plano de governo de Lula, a Rede tem buscado um alinhamento maior com petistas. Neste fim de semana, a ex-ministra Marina Silva declarou apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo estadual de São Paulo. O petista quer que Marina seja sua vice, mas ela pode acabar disputando a Câmara em São Paulo.
A comissão formada por representantes do PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede e Solidariedade fechou o acordo nesta terça-feira, depois de analisar 124 emendas apresentadas ao texto original, divulgado há uma semana.
Lula e Alckmin ainda analisarão o novo documento, com as propostas atualizadas, para lançar oficialmente na semana que vem as diretrizes programáticas da campanha. A ideia do PT é fazer a divulgação com um evento com participação dos dois, além de presidentes de partidos, representantes da sociedade civil, movimentos sociais, centrais sindicais e ambientalistas.
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João Batista - 15/06/2022
Se Deus quiser esse traste não voltará ao poder, pode retirar o que quiser em suas propostas como candidato nesse 171 não caio maus.
1 comentários