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documentos entregues à cpi 22.09.2021 | 14h10

Declaração de óbito da mãe de Hang foi fraudada na Prevent Senior, diz dossiê

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Reprodução/Facebook

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O dossiê elaborado por 15 médicos que afirmam ter trabalhado para a operadora de saúde Prevent Senior, material que foi entregue à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, aponta que a declaração de óbito da mãe do empresário Luciano Hang, Regina Hang, 'foi fraudada'.

 

Hang é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e incentivador do chamado 'tratamento precoce', composto por medicamentos sem eficácia comprovada ou contra-indicados para tratar a doença.

 

Leia também - Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está com covid-19

 

Segundo os médicos, a suposta fraude na declaração de óbito de Regina Hang é um dos 'inúmeros casos que não foram devidamente noticiados'. O relato sobre a mãe do empresário consta do capítulo 'Da suposta fraude nas declarações de óbito', do dossiê de mais de 60 páginas entregue à CPI.

 

As supostas irregularidades em procedimentos da Prevent Senior foram reveladas pela GloboNews. O Estadão também teve acesso ao dossiê entregue à CPI da Covid.

 

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quarta-feira, 22, que Luciano Hang 'tinha condições de levar a sua genitora para a lua, porque tem dinheiro para isso'. 'Mas leva para a Prevent Senior. E lá, segundo as informações, no atestado de óbito não consta que ela veio a óbito por covid‘, declarou Aziz.

 

Em vídeo publicado no Instagram, em 5 de fevereiro, Luciano Hang relatou que a mãe estava assintomática e com 'quase 95% do pulmão tomado' quando foi levada ao hospital. Regina Hang foi internada no Hospital Sancta Maggiore, da rede Prevent Senior, no bairro do Morumbi, em São Paulo.

 

O dossiê aponta que ela foi internada em 31 de dezembro e morreu em 3 de fevereiro. No prontuário, segundo os médicos, havia informação sobre o início de sintomas, em 23 de dezembro, e adoção de tratamento precoce, com hidroxicloroquina, azitromicina e colchicina antes da entrada na Prevent Senior. Na internação, de acordo com informações dos médicos, ela teria recebido ivermectina e tratamentos experimentais.

 

Na legenda do vídeo, o empresário disse que 'até ser diagnosticada com covid-19, eu nunca dei nenhum medicamento para prevenção a minha mãe'. Luciano Hang disse que a mãe era cardíaca, tinha diabetes, insuficiência renal, sobrepeso e tomava '20 comprimidos/dia'.

 

'Eu me questiono: será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?', afirmou no vídeo.

 

De acordo com o dossiê, que cita o vídeo publicado por Hang, a alegação do empresário 'não condiz com as informações do prontuário'. Segundo os médicos, 'o prontuário médico da sra. Regina Hang prova que ela utilizou o kit antes de ser internada e que repetiu o tratamento durante a internação, assim como registram que seu filho, sr Luciano Hang, tinha ciência dos fatos'.

 

'Como outros tantos casos de óbitos na rede Prevent Senior decorrentes da covid-19 que não foram devidamente informadas às autoridades, a declaração de óbito da sra. Regina Hang foi fraudada ao omitir o real motivo do falecimento', diz o documento.

 

Procurada, a Prevent Senior reafirmou que não houve fraudes em declarações de óbitos. Diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Junior presta depoimento à CPI nesta quarta-feira e negou que a operadora tenha cometido qualquer irregularidade.

 

Até a publicação desta matéria, a reportagem entrou em contato com o empresário Luciano Hang, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

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