R$ 2,8 bi de desconto 11.05.2025 | 12h00
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O deputado federal Luciano Zucco protocolou representação criminal na Procuradoria-Geral da República contra o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi).
Ambos são colocados, no documento, como suspeitos de envolvimento em um esquema que teria fraudado autorizações para descontos em benefícios do INSS, segundo a Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
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Zucco, que é líder da oposição, defende que o caso exige ação direta do Ministério Público Federal e do STF. “O governo protege aliados, mesmo que isso custe a dignidade de milhões de idosos que só contam com a aposentadoria para sobreviver”, apontou.
Segundo o documento, os descontos foram autorizados com base em documentos irregulares ou inexistentes, e aplicados diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
As operações teriam sido viabilizadas por acordos de cooperação técnica (ACTs) firmados com entidades sindicais e associativas, sem controle efetivo por parte do INSS.
O relatório cita que, só em 2024, os descontos atingiram R$ 2,8 bilhões, com a Controladoria-Geral da União (CGU) estimando que mais de 90% desse valor possa ter origem ilícita.
As acusações
Segundo a representação, o então secretário-executivo do Ministério da Previdência, Wolney Queiroz, ignorou alertas sobre as fraudes desde março de 2023. Relatórios da CGU e do TCU apontam omissão na adoção de medidas preventivas, apesar de indícios robustos e denúncias públicas.
A apuração também relaciona Frei Chico ao Sindnapi, uma das entidades que teria recebido valores fraudulentos, mesmo sem comprovação de autorização dos beneficiários.
O documento pede à PGR o apensamento da nova representação à que já investiga o ex-ministro Carlos Lupi, além da abertura de procedimento criminal contra Wolney Queiroz e Frei Chico.
Também solicita o afastamento do ministro do cargo e a prisão preventiva de Frei Chico, sob alegação de risco à investigação, dada sua proximidade com o presidente da República.
A reportagem entrou em contato com Frei Chico através do WhatsApp do Sindnapi e com a assessoria do ministro Wolney Queiroz por meio de e-mail e aguarda resposta.
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