22.06.2003 | 03h00
Quem assistia ao Bozo nos anos 80 não podia deixar de notar sua amiga inseparável, a Vovó Mafalda. Entre outras coisas, o personagem (vivido por Valentino Guzzo, morto há quatro anos) criou as mafaldetes - e essa foi a porta de entrada de sua filha, Beth Guzzo, na tevê. Daí para a frente, ela passou a freqüentar os corredores do SBT, e acabou arranjando uma gravadora para bancar seu primeiro disco. E a garota, na época com 13 anos, ia começar bem: "A música "Vou de Táxi" (que virou sucesso na voz de Angélica, na época também tentando emplacar na tevê) era para ser minha", lembra Beth. "Mas o diretor da gravadora morreu e acabaram passando para a Angélica."
Mas isso não impediu Beth de seguir tentando: em 1989, veio "Me Dá Me Dá", seu primeiro sucesso - e as inúmeras participações nos programas da época, entre eles o Viva a Noite, que revelou Gugu Liberato. Na seqüência, ela deu sorte de pegar o boom da lambada e foi esperta para pegar carona no frisson que o ritmo causou (mesmo que por um só verão). Lançou a faixa "Ai, Moreno", que segundo ela, "derrubou o Kaoma na (extinta) Rádio Manchete (que na época tentava se especializar no ritmo)."
A lambada acabou e começaram a surgir as duplas neo-sertanejas, como Leandro e Leonardo, Chitãozinho & Xororó, que caíram nas graças do povo e até de Fernando Collor e claque. Mais uma vez, Beth se ligou na nova moda, e lançou "Carregado de Amor" (aquela do refrão: "e quase seminua, a gente faz amor no caminhão"). Com um refrão desses, os caminhoneiros começaram a se "afeiçoar" à moça.
Resultado: vendeu mais de 100 mil cópias, e começou a ser vendida como "a nova rainha dos caminhoneiros" pelos shows que fazia Brasil afora, concorrendo diretamente com a eterna musa kitsch da classe, Sula Miranda. Depois disso, veio a depressão. "Dei uma sumida mesmo; meu pai faleceu, e não tinha mais vontade de continuar minha carreira." E assim ficou por quatro anos. Mas o assédio dos fãs prosseguiu, revela a ex-mafaldete. "Eles continuaram mandando cartas, me cobrando."
Passado todo esse tempo, Beth ainda não superou a dor da perda do pai. "A saudade nunca acaba, mas a gente vai se conformando". E dentro dessa recuperação, veio a vontade de brilhar novamente. Agora, a lambadeira sertaneja se prepara para lançar seu novo álbum, pela gravadora Atração, sob a tutela de Valentina Caram, a mesma que está nos anúncios de imóveis de todos os jornais e revistas, hoje sua empresária. "Vai ter um pouco de tudo: ritmos latinos, canções melosas, e também o sertanejo - que não posso deixar de fazer, afinal foi o que me consagrou."
Nesse novo momento o cabelo também mudou. E surgiu mais uma loira. "Na verdade, meu cabelo é castanho claro, e naquela época, eu pintava de preto azulado" revela. "Mas confesso que logo que mudei para o loiro, eu ficava me olhando no espelho, falando: nossa, que cagada que eu fiz!"
A cantora não vê a hora de o CD ficar pronto, para voltar ao lugar que mais gosta: a tevê. "Nasci nesse meio, e ver as pessoas do auditório cantando e te olhando traz uma energia indescritível." Essa vibração deve ser tão difícil de descrever, que ela até se atrapalha com as palavras quando segue no assunto. "Quando a recíproca é a mesma e verdadeira, não tem dinheiro no mundo que pague (!?!?)."
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Milho Disponível
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Algodão
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Soja Disponível
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