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01.06.2003 | 03h00

Graziella Moretto, talento que veio de fábrica

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Talentosa, simpática, engraçada, bonita (tem olhos azuis exuberantes) e louquinha. Graziella Moretto, de 31 anos (completados na noite do eclipse lunar), a atriz de Os Normais e garota propaganda da Intelig, fala pelo cotovelos: sobre artes, política, atualidades e também sobre métodos de maquiagem e chapinha japonesa. De acordo com Graziella, teve várias complicações para não seguir a carreira de atriz. Uma mancha de nascença no rosto, língua presa, problemas de transpiração nas mãos, pés e axilas... "É muita teimosia", explica Graziella, que sabe tudo sobre maquiagem já que precisa disfarçar sua mancha para trabalhar no vídeo.

"Não colocaria silicone e nem faria chapinha japonesa no cabelo. Me sinto bem do jeito que sou. E olha que eu já tive crise com meu cabelo crespo. Hoje faço escova quando quero ele liso. A descoberta do calor para alisar o cabelo é brilhante, não é?"

- Você estourou após Os Normais?

- Acho o termo subjetivo. Estourar tem um significado quando se trata de um ator que do nada torna-se protagonista de uma novela e passa a ser ultraquerido pelo público. Fui indo passo-a-passo. Lembro direitinho da ralação no meio do caminho. Construi uma carreira no teatro, passei pela publicidade, pelo cinema e fiz participações eventuais na TV até chegar a um personagem que me aproximou mais do público. Para mim, não teve esse momento de "ter estourado".

- Mas hoje você deve ser mais abordada na rua... Como lida com a fama?

- Sou mais reconhecida sim, mas também quando estou maquiada. No dia-a-dia sou desleixada. Muita gente nem me reconhece. Tenho uma mancha vermelha de nascença no rosto, que engloba quase toda a parte esquerda e que não aparece com a maquiagem. Normalmente fica à mostra. Acho que a pior coisa que pode acontecer com uma pessoa que ganha fama e notoriedade é passar a ser outra pessoa. Tenho medo dessa coisa de "estourar" e até um pouco de preconceito. Quando penso em estourar, vem à minha cabeça a imagem do ego inflando e explodindo.

- Você tem uma veia cômica inegável. O Fernando Meirelles disse que você melhorou em 80% o personagem da Roxane em Domésticas porque deu um tom divertido à empregada ranzinza. Quando te liguei para marcar a entrevista quase ri ao ouvir sua voz..

- Acho ótimo porque senso de humor é um dom divino, tem de vir de fábrica. Outras coisas se aprendem: a ter educação, por exemplo. Ultimamente tenho usado a comédia para mostrar minha indignação. Na Terça Insana, meus personagens são engraçados, mas carregam mensagens. A Thayanne Caroline é uma garota que começou a trabalhar aos seis meses e aos nove anos está desempregada. Tem uma mãe que conseguiu uma liminar na Justiça para ela colocar silicone e para posar nua. A Carmelita é uma socialite engajada em projetos sociais como levar manicures à favela. A Sandy faz tantos shows que não sabe onde está. Se é assim que consigo ser entendida, está ótimo

- Gosta de trabalhar na TV?

- O Telecurso foi meu primeiro contato com a linguagem da TV. Depois fiz participações, comerciais, o Ilha Rá-Tim-Bum e a novela Estrela Guia. Foi quando comecei a entender o que era a TV. É uma indústria sim, apesar de ter produções artesanais como Os Normais. É preciso dosar concentração, energia e prontidão, uma palavra chave em TV. Eu não tinha acertado o meu passo com a televisão e acho que ainda não acertei. Percebo isso trabalhando com pessoas que dominam o veículo, não só o Luiz e a Fernanda, mas o Selton, que é um fenômeno. Aliás, não posso olhar para cara dele que começo a rir. Fico pensando: "ele não está interpretando. É muito natural".

- Por que foi morar em Nova York?

- Comecei a fazer teatro amador aos 13 anos. Estudei Artes Cênicas e Letras (grego e português) na USP, mas me formei na Escola de Arte Dramática da USP. Mesmo depois de formada, me sentia despreparada. Precisava estudar mais. Achava que ia pegar um texto e dar com a cabeça na parede, que iria me desesperar... Como tinha vontade de morar fora, resolvi ir para Nova York. Fui com 23 anos e voltei com 27. Fiquei sabendo de um laboratório de Shakespeare no prestigiado Public Theatre, prestei e passei. Fui a primeira estrangeira. Também estudei no Actor"s Center

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