23.03.2006 | 03h00
Dentes brancos, sorrisão aberto, tudo vai muito bem com a saúde bucal. Até que de repente sem mais nem menos não conseguimos beber um suco de limão, comer um doce ou escovar os dentes sem sentir uma dor horrorosa parecida com uma agulhada. Na certa, o primeiro pensamento é: "cárie". Mas dos males o menor, é possível que isso seja o que se chama de hipersensibilidade dentinária.
"Trata-se de uma sensibilidade exagerada da camada mais profunda e inervada dos dentes denominada de dentina. Isso acontece quando o esmalte superficial é desgastado expondo-a a estímulos térmicos, químicos e mecânicos próprios do meio bucal", explica a especialista em dentística restauradora e prótese dental, Patrícia Fernandes Rangel.
Ela conta que a hipersensibilidade dos dentes pode ocorrer por uma série de fatores, como escovação forçada, hábitos parafuncionais, apertamento dental ou bruxismo, problemas periodontais e deficiência fisiológica na formação dos dentes.
"Mas isto não significa que exista uma doença na polpa dental, pois a dor é causada apenas pela aplicação direta dos estímulos externos sobre a dentina desprotegida de esmalte. A dor típica de hipersensibilidade dentinária é curta e aguda por natureza, persistindo somente durante a aplicação do estímulo", observa. Isso quer dizer que a pessoa só vai sentir aquela dor quando estiver fazendo algo que a provoque, como por exemplo beber alguma coisa muito gelada, comer um alimento muito quente, etc.
E não tem nada a ver com cárie. "O problema é considerado um tipo de lesão cervical não cariosa, pois consiste em uma cavitação no dente que não foi provocada por bactérias causadoras de cárie", afirma. "Mas mesmo assim os sintomas podem sim serem confundidos com a cárie dental, principalmente se as lesões estiverem em regiões de difícil visualização. Por isso o diagnóstico deve ser feito pelo dentista, que através de anamnese, exame clínico e radiográfico identificará a origem da dor", ressalta.
"Existem casos em que os sintomas podem regredir naturalmente, no entanto a grande maioria necessita de tratamento específico, através de agentes dessensibilizantes, como o fluoreto de sódio, fosfato de cálcio, oxalato de potássio e cremes dentais à base de nitrato de potássio", relata.
E pode ser realizada também a restauração da superfície afetada, através de resinas e adesivos dentinários, além da terapia com laser odontológico. "A mudança de hábitos alimentares contribuem para o tratamento, como evitar a ingestão de bebidas com gás, vinagres, frutas cítricas e alimentos ácidos em geral", lembra.
Segundo ela, os efeitos do tratamento já podem ser sentidos imediatamente após a primeira sessão, embora os casos mais severos necessitem de duas ou três sessões para eliminar totalmente a dor. "Mas a tendência da dor retornar ao longo do tempo ocorre com frequência", alerta.
A hipersensibilidade dentinária ocorre geralmente em adultos, sendo mais comum em pessoas entre 20 e 40 anos e há uma maior incidência em mulheres. A região do dente mais afetada é a face externa próxima à gengiva. Como prevenção, Patrícia diz que é importante que as pessoas façam um balanceamento na dieta, controlando o consumo de alimentos ácidos e realizando uma escovação mais suave, sem apertar com força a escova contra os dentes.
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