Mulher pode ajudar homem com disfunção erétil

O clima está esquentando e na H "tudo" cai. Este é assunto embaraçoso para os homens. A disfunção erétil ou dificuldade de ereção (DE) pode acabar com um relacionamento. Mas felizmente, as mulheres podem atuar neste sentido. Isso, se ela for uma mulher vitalsexual. Este novo termo designa a mulher na faixa de 40 anos, que diz gostar de sexo e preocupada com a qualidade de sua vivência sexual.

Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o sexo é um dos quatro principais pilares que garantem ao indivíduo, em qualquer idade, a qualidade de vida, juntamente com o lazer, prazer no trabalho e harmonia familiar.

E um dos fatores que mais impacta na qualidade de vida sexual do casal é a dificuldade de ereção, um problema que no Brasil atinge um a cada dois homens acima dos 40 anos. São mais de 152 milhões de homens no mundo que sofrem com o problema, segundo a OMS.

De acordo com o urologista do Hospital Albert Einstein de São Paulo, Dr. Charles Rosenblatt, existem pesquisas que demonstram que o homem só procura tratamento após sofrer durante 4 anos com a disfunção. "O homem não tem o costume de consultar um especialista periodicamente, por isso sofre por muito tempo e quando decide buscar ajuda, o relacionamento a dois já ficou comprometido", alerta.

A DE pode surgir, principalmente, devido à causas psíquicas. "As dificuldades de ereção geralmente estão relacionadas às questões que envolvem cotidiano profissional, relacionamento afetivo ou com outras pessoas ou mesmo questões sobre sua própria sexualidade", observa o psicólogo e terapeuta sexual Eduardo Yabusaki.

"O homem pode ter dificuldade em obter a ereção desde o início da relação sexual. Ou pode ainda ter dificuldades em manter a ereção. Neste caso, ele tem uma excitação inicial chegando a fazer a penetração, mas logo depois perde", explica.

"A disfunção erétil pode fazer com que um relacionamento acabe, pois a dificuldade faz com que tanto o homem quanto a parceira experimentem sentimentos de frustração, fracasso, e até mesmo desprazer frente a situação sexual. Essa situação desperta pensamentos e fantasias negativos em relação ao outro", observa.

Eduardo conta que no momento em que a DE acontece, quase sempre o casal reage de forma fria, ela querendo conversar e entender o que está ou tenha ocorrido e ele nem quer tocar no assunto, pois se sente humilhado, fracassado e impotente. O melhor a fazer é buscar uma atitude que tranquilize. Pode ser falando ou em silêncio, mas com expressões que acalmem, acalente o mal-estar e sofrimento de ambas as partes.

"Um gesto de carinho, um sorriso, um beijo, um abraço, podem exercer este papel", aconselha. O ideal é que a mulher vá junto com seu parceiro procurar ajuda, para apoiá-lo e compreendê-lo. "Isso pode ser muito importante, pois o tratamento e a superação da dificuldade pode ser acelerada", justifica.

Uma pesquisa realizada pela Bayer HealthCare, fabricante do medicamento para DE Levitra, com mais de 14 mil mulheres em 14 países, inclusive no Brasil, traçou o perfil da mulher vitalsexual. O estudo revela que 54% das brasileiras se encaixam no conceito de nova mulher moderna, a vitalsexual.

Mostra ainda que, dos casais que convivem com a DE, mais da metade das mulheres (58%) expressam o desejo de tentar ajudar. No Brasil, 45% delas, o maior índice entre as entrevistadas de todo o mundo, acreditam que a dificuldade de ereção pode interferir fortemente na qualidade de vida do casal.

"Sexo bem como outros aspectos de um relacionamento como, troca, reciprocidade, sinceridade ou tesão, é de extrema importância. Considero que o casal tem que ter esses aspectos atendidos de forma satisfatória", conclui.