Personalidade determina escolha do cheiro

Os perfumistas afirmam que escolhemos um perfume conforme a nossa personalidade ou até mesmo devido à época em que vivemos ou a idade que temos. "As pessoas mais jovens geralmente trocam muito de perfume porque estão em uma fase de mudanças de gostos e opinião", diz a psicóloga e aromatóloga Sâmia Maluf.

"Eu uso o mesmo perfume há mais de 32 anos porque gosto que minhas roupas tenham aquele cheiro. E quando as pessoas sentem aquela fragrância lembram-se de mim. Ele revela um pouco da minha personalidade conservadora", conta ela.

Segundo a perfumista e vendedora da loja Decorliz Perfumaria e Cosméticos, Edinelma de Almeida, os mais velhos preferem os perfumes mais tradicionais com notas mais marcantes. E os mais novos escolhem coisas mais adocicadas com cheiro de frutas e baunilha, no caso das mulheres. Enquanto os homens em geral, gostam de amadeirados. "Eu uso várias marcas de perfume. Porém, todos eles têm a mesma nota", afirma Edinelma.

Os cheiros variam também dependendo das décadas. Sâmia relata que na década de 20 um aroma bem característico era o de erva queimada. Na de 30 o patchouli fez muito sucesso por causa das especiarias do Oriente que começaram a chegar ao Brasil. Na de 80 foi o boom dos frutais. "Calvin Klein lançou essa linha de frutas, como a melancia", lembra.

"O clima do local pode influenciar em uma escolha", observa. "Vivemos em um país tropical e a tendência da nossa pele é ser oleosa", diz. Sendo assim, os perfumes mais fortes podem tornar-se enjoativos. Por isso há uma tendência dos brasileiros em preferirem os frutais. Já no clima frio as especiarias orientais predominam, como o sândalo, ilang-ilang, patchouli, cedro, etc. (KN)