08.06.2006 | 03h00
Qualquer doença relacionada aos brônquios já costuma ser chamada de bronquite. Mas é bom saber que este não é o único mal que pode vir a atingí-los. Para sintetizar um pouco melhor o assunto, podemos citar três nomes: bronquite aguda e crônica, bronquiolite e bronquiectasia. E como se diz na linguagem popular, cada caso é um caso.
A bronquite em geral é uma inflamação dos brônquios e ocorre quando as células ciliadas param de eliminar o muco, que mantém as vias respiratórias sempre úmidas. Com isso, há um acúmulo de secreção que causa inflamação e contração permanente.
O fator que diferencia a bronquite aguda da crônica é que os sintomas da primeira não ultrapassam duas semanas. Já os da segunda permanecem e ficam piores no período da manhã. "Atualmente ela é chamada de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), conhecida também como tosse de fumantes porque geralmente é causada pelo cigarro", conta o pneumologista Clovis Botelho.
Porém, também pode ser causada por outros fatores, como fumaça de fogão a lenha, poluição ambiental e em profissões que trabalham com carvoaria, por exemplo. Além da tosse com catarro, um sintoma bem característico é a falta de ar.
A bronquiolite é uma infecção causada por um vírus que geralmente ataca crianças com menos de dois anos de idade. Os principais sintomas são respiração rápida e com exalações fortes e longas, febre, chiado no peito e tosse. "Causa um desconforto muito grande, como se fosse uma queimadura interna. O risco depois dessa infecção é a evolução para uma pneumonia", alerta o médico.
"Quando a criança melhora, a bronquiolite quase sempre deixa uma sequela que chamamos de bebê chiador porque há um chiado na respiração que dura por um bom tempo", conta. "É uma doença muito confundida com a asma", diz.
A bronquiectasia ocorre quando a parede dos brônquios sofre algum tipo de lesão, algumas áreas são destruídas e se dilatam para sempre. Ela destrói parte dos tecidos dos brônquios, causando um aumento de secreções. "É muito frequente em idosos. Trata-se de uma sequela de infecções pulmonares mal curadas", detalha. Seus sintomas são tosse pela manhã e no final do dia com muita expectoração.
"Quando é localizada em um ponto específico, a solução é cirúrgica. Retira-se aquele pedaço agredido. Mas quando é disseminado, a pessoa terá que tomar remédio constantemente", afirma. "Para prevenir a bronquiectasia o melhor é curar rapidamente as infecções pulmonares para não deixar cicatrizes", completa. O tratamento para a DPOC e a bronquiolite costumam ser com antibióticos e corticóides.
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