MORTO EM PORTUGAL 24.03.2019 | 08h46
Otmar de Oliveira/Reprodução
Três anos após o assassinato do único filho de 15 anos, o português Sérgio Lapa vive a angústia da espera pelo julgamento e condenação do cuiabano Joaquim Lara Pinto, que matou o então enteado Rodrigo Lapa esganado. O crime foi praticado na cidade de Portimão, província de Algarve, em Portugal. No entanto, por ser brasileiro, Joaquim conseguiu voltar ao Brasil exatamente no dia em que o enteado foi encontrado morto.
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No ano passado, a Justiça portuguesa encaminhou o processo criminal do ex-padrasto para julgamento no Brasil, pelo crime de homicídio qualificado e profanação de cadáver (crime que equivale à ocultação de cadáver). De acordo com o Ministério Público Federal, o processo está em trâmite em Mato Grosso, porém sob sigilo.
Sem informações sobre o andamento do caso, Sérgio que continua morando em Portugal deseja não só a condenação do assassino, como a morte dele. “Espero que ele seja condenado e preso e que lá dentro o matem, façam ele sofrer”, disse o pai emocionado durante entrevista ao .
Sérgio muito amargurado relembra de todos os detalhes sobre a morte do filho, que demorou 10 dias para ser encontrado após ter desaparecido. “Não dá para aceitar o que aconteceu com o meu filho, minha vida. Ninguém tem o direito de tirar a vida do outro. Não desejo essa dor a ninguém” lastimou o pai, que carrega no peito a imagem de Rodrigo tatuada.
Para o pai de Rodrigo a Justiça está nas “mãos das autoridades”. Porém diz que a sua melhor notícia seria saber que Joaquim morreu. “Ele tem que pagar. Minha melhor notícia é saber que ele está morto”, finalizou.
O advogado português, Pedro Proença, representa a família de Rodrigo. A reportagem do tentou entrar em contato para saber se já houve alguma pronuncia sobre o julgamento, porém não fomos atendidos. Já a defesa de Joaquim Lara a reportagem não conseguiu encontrar.
Relembre o caso
No dia 2 de março de 2016, o corpo do adolescente Rodrigo Lapa foi encontrado a cerca de 100 metros da residência onde morava com a mãe, a irmã recém-nascida e o padrasto. O corpo da vítima foi localizado com uma corda no pescoço e com as mãos amarradas com fios elétricos.
A Polícia Judiciária de Portugal informou que exames complementares apontaram que o adolescente foi morto por estrangulamento, provavelmente pelo braço do autor do homicídio.
Na época, a mãe do adolescente, Célia Barreto, disse que havia terminado o relacionamento com Lara amigavelmente e, no dia do desaparecimento de Rodrigo, o padrasto viajou a tarde para o Brasil. Ele chegou a ser considerado foragido, mas se apresentou à Interpol, apesar de não ter feito declarações.
De acordo com o Instituto de Medicina Legal, os fios elétricos encontrados em torno do pescoço do jovem, não foram causadores da morte de Rodrigo. "Foi pura encenação, Joaquim Lara criou essa cena para dar tempo de fugir para o Brasil, já que é o único suspeito pelo assassinato".
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