Pais do coração 23.03.2019 | 17h28
Divulgação CNJ
Em Mato Grosso, pelo menos 65 crianças e adolescentes estão prontas para serem adotadas. A lista de espera dos interessados passa de 600 famílias ou pessoas. No Brasil, somam 8 mil crianças e adolescente que aguardam uma família, enquanto 40 mil pessoas aguardam para adotar. Os dados são da Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) e mostram ainda que boa parte das crianças aptas para adoção não se enquadram no perfil desejado pelas famílias. Elas têm acima de 3 anos ou possuem alguma deficiência que a fazem serem excluídas novamente do vínculo familiar.
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De acordo com a presidente da Comissão de Infância e Juventude da Ordem, Tatiane Barros, há um processo moroso e burocrático que visa garantir a integridade dos adotados, justamente porque a adoção é irrevogável. “A demora é para que essas famílias tenham preparo e estarem conscientes da responsabilidade que é adoção”. Conforme ela, no entanto, normalmente as famílias que já estão aptas para adotar preferem crianças de até 3 anos. “Então cresce o número de crianças com mais de 3 anos nos abrigos”, pontua.
Sophia tem 2 anos e há cinco meses conheceu seus pais Maria José dos Santos e Marcio Antônio da Silva. Eles têm um filho biológico de 18 anos e decidiram entrar no processo de adoção há 3 anos. Embora a idade de Sophia seja propícia para o perfil mais desejado na adoção, o pré-diagnóstico de uma síndrome, a de Cornélia de Lange, poderia ser decisiva para que permanecesse no cadastro de adoção.
“Sabíamos da condição dela quando há conhecemos, embora ainda não fosse diagnosticada. Eu sonhei com ela 3 meses antes de conhecê-la e sabia que seria minha filha. O amor foi tão grande que já não imagino mais minha vida sem ela”, conta Maria.
Adenise Isadora e Elilton da Silva também sabiam da condição do pequeno Davi, de 1 ano e 8 meses, diagnosticado a principio com neuropatia. O pequeno, que usa traqueostomia atualmente, foi deixado pela mãe biológica tão logo que nasceu e encontrou sua família de coração quando completou 1 anos de vida. “É um amor imenso, sem tamanho”.
A presidente da Ampara, Lindacir Bernadon, explica que quem quiser adotar deve procurar a Vara da Infância e Juventude para se cadastrar. “Os interessados irão passar por um estudo psicossocial e por um curso que a Ampara realiza para depois entrar no Cadastro Nacional da Adoção”.
Para dar visibilidade a causa, a Ampara convidou a primeira-dama do Estado, Virginia Mendes, para ser madrinha afetiva da entidade. O evento para a entrega do título foi realizado nessa sexta-feira (22). Em discurso Virginia, que é mãe adotiva da pequena Maria Luiza e biológica de Ana Carolina e de Luis, destacou o amor incondicional.
“Não há distinção. Todos os filhos são capazes de nos gerar o amor incondicional, sejam eles biológicos ou frutos do legítimo processo de adoção”, pontuou. A primeira-dama participou de todo o processo de adoção que levou 5 anos para ser concluído. “Apesar da demora e espera nunca desistimos”. Como madrinha afetiva, Virginia ressalta que irá atuar de forma intensa na divulgação do serviço prestado pela AMPARA e também usar o exemplo da família para quebrar alguns tabus que ainda existem.
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