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13.11.2023 | 10h30

Câncer de próstata; sintomas, diagnóstico e tratamento

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Newton Tafuri

Divulgação

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Estamos no Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata. Também em novembro (17) é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. E neste período a Sociedade Brasileira de Urologia reforça o alerta sobre a necessidade do diagnóstico precoce deste câncer, antes mesmo dele produzir qualquer tipo de sintoma.

 

Importante enfatizar, inicialmente, que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, diminui a possibilidade de morte causada por esta enfermidade e evita o sofrimento e a necessidade de tratamentos de alto custo para o controle desta doença.

 

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina em todas as regiões do país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. No Brasil, estimam-se 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano para o triênio 2023-2025. Atualmente, é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, reafirmando sua importância epidemiológica no país.

 

A idade é o principal fator associado ao aumento da incidência do câncer de próstata, apresentando seu pico na sexta década de vida. O histórico familiar de câncer de próstata, principalmente antes dos 60 anos, e a síndrome metabólica estão associados a maior incidência (até 56% mais riscos) e ao achado de tipos histológicos avançados.

 

Destacam-se também como fatores associados à doença a etnia (homens de raça negra) e a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho, sendo responsável por 1% dos casos de câncer de próstata.

 

A alta incidência desse câncer se ancora nas hipóteses sobre o efeito combinado do envelhecimento da população, melhoria da sensibilidade das técnicas diagnósticas, da disseminação do teste de medição dos níveis sanguíneos do Antígeno Prostático Específico (PSA) e do toque retal, que possui a finalidade de avaliar o tamanho, o volume, a textura e a forma da próstata.

 

Quais os sintomas do câncer de próstata?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:

 

- Dificuldade de urinar;


- Demora em começar e terminar de urinar;


- Sangue na urina;


- Diminuição do jato de urina;


- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

 

Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. Por exemplo:

 

- Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade;


- Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.


PSA, toque, ressonância, biópsia

 

A análise da próstata é feita pela dosagem do PSA no sangue juntamente com o exame de toque. Um exame não exclui o outro, visto que é possível ter PSA aumentado e não ter a doença ou tê-lo normal e ter a doença. O PSA também pode aumentar no caso de prostatite e HPB, e há situações em que ele não se altera mesmo com o câncer em curso.

 

Na sequência, a ressonância nuclear magnética da próstata. Por meio deste exame o profissional consegue classificar as imagens como não suspeitas de câncer e pode verificar se existem nódulos.

 

Já a biópsia vai confirmar se existe ou não a presença de câncer, classificar se é mais agressivo, ou se é indolente, se o paciente precisará de acompanhamento.

 

Quanto ao tratamento, vai depender de vários fatores e em alguns casos, inicialmente pode não ser necessário o tratamento imediato e o especialista pode recomendar a vigilância ativa (com acompanhamento regular). Em outros, a cirurgia de retirada da próstata é o suficiente. A radioterapia e o tratamento hormonal também podem ser indicados.

 

Além de fortalecer a promoção da saúde e a prevenção, para o controle do câncer de próstata é fundamental organizar a rede de atenção à saúde para o diagnóstico precoce, com a investigação célere dos casos suspeitos e o início do tratamento adequado, com disseminação de informações voltadas à população e aos profissionais de saúde.

 

Segundo a OMS, algumas ações e mudanças de hábitos reduzem os fatores de risco de prevalência do câncer, como: o controle do tabaco, prevenção ao uso do álcool, promoção da atividade física, alimentação saudável, combate ao sedentarismo e a obesidade, entre outros.

 

Newton Tafuri é urologista e diretor da Sociedade Brasileira de Urologia em Mato Grosso (SBU).

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