25.04.2024 | 11h45
Divulgação
Endometriose é uma doença ginecológica crônica, benigna e multifatorial que acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Define-se pela presença de tecido endometrial fora do útero, com predomínio na pelve feminina. É fundamental os profissionais reconhecerem os principais sintomas para realizarem o diagnóstico precoce.
Infelizmente, ainda hoje, a média estimada do tempo entre o início dos sintomas até o diagnóstico definitivo é de aproximadamente sete anos.
Os principais sintomas são: dismenorreia (cólicas), dores pélvicas, dispareunia (dores no intercurso sexual), alterações intestinais (distensão abdominal, sangramento nas fezes, constipação, dor anal no período menstrual), alterações urinárias (disúria, hematúria, polaciúria e urgência miccional no período menstrual) e infertilidade.
A ultrassonografia pélvica e transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética com protocolos especializados são os principais exames e deverão ser realizados por profissionais com experiência.
A endometriose pode ser dividida em três apresentações: superficial, ovariana e profunda.
O tratamento clínico hormonal é eficaz no controle da dor pélvica e deve ser o tratamento de escolha na ausência de indicações absolutas para cirurgia, sendo os progestagênios e contraceptivos orais combinados as medicações de primeira linha para tratamento desses quadros, mas não deve ser oferecido para mulheres com desejo reprodutivo.
O tratamento cirúrgico deve ser oferecido às pacientes em que o tratamento clínico for ineficaz ou na presença de endometriomas ovarianos volumosos, lesões de ureter causando hidronefrose, lesões sub oclusivas ou obstrutivas intestinais e lesões de apêndice. Existe grande associação entre endometriose e infertilidade; tanto a cirurgia quanto às técnicas de reprodução assistida podem ser oferecidas nesta condição.
Vale ressaltar que a queda da qualidade de vida, não ocorre apenas do âmbito físico e das morbidades advindas dos sintomas da endometriose. A doença causa significativos impactos psicológicos, tais como, dificuldades nas relações interpessoais afetivas e na sexualidade, estresse, depressão e ansiedade, dentre outros.
A abordagem desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, representa um melhor plano de tratamento, permitindo a detecção imediata de sintomas psicopatológicos e físicos, o que resulta em desfechos mais positivos.
O estigma social associado à endometriose é grande, pois ainda existe quem considere que dor menstrual é normal e que a mulher tem que aguentar, assim como dor durante a relação sexual.
As campanhas educativas têm um papel importante na divulgação de informações, contribuindo para o diagnóstico precoce da endometriose e, também, para uma mudança de crenças e atitudes negativas, estimulando a procura pelos cuidados de saúde.
Dra. Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do HUJM e especialista em endometriose e infertilidade no Instituto Eladium, em Cuiabá (MT).
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