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21.05.2025 | 12h04

Porque a minha religião não me define, mas meu coração, sim!

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Kamila Garcia

Divulgação

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O que é divino e o que é humano dentro de qualquer prática religiosa? A raiz de toda religião é a crença — com adoração e respeito — em uma divindade. Mas, sobretudo, a religião deve servir como diretriz de boa conduta junto ao próximo. A base de toda moral religiosa é o amor e o perdão, seja qual for a religião.

Na Antiguidade, por meio dos livros de história, compreendemos o politeísmo dos egípcios, gregos e celtas. De tempos em tempos, o ser humano passou a entender que cada força da natureza carregava uma energia divina, sendo nomeada conforme sua essência.

Cada entendimento do mundo — as estações do ano, o tempo certo de preparar a terra, plantar, colher e estocar — foi considerado um conhecimento divino, guiado por uma consciência superior. Desde que o homem reconheceu essa superioridade divina, o conhecimento passou a ser impulsionado por uma busca constante de evolução, altruísmo e amor.

 

Evidentemente, esse "amor" foi se aperfeiçoando em entendimento. A partir de Abraão, pai da fé monoteísta, conhecemos o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. E, mesmo com diferenças em seus dogmas, a base é a mesma: o amor.

Amor é respeito, é vida, é consciência plena. É a sabedoria de que todos podem — e devem — viver em harmonia, respeitando as diferenças, sejam elas de pensamento, orientação sexual, condição social, cultural ou religiosa. O ser humano, em sua jornada de constante adequação e evolução, muitas vezes se perde em seu egocentrismo, tentando ter razão sobre tudo — inclusive sobre Deus.

Mas, se Deus é fonte de vida, presente em todas as coisas e criaturas, Ele está em tudo e em cada um de nós. Assim, com plena consciência, como posso não reconhecer a presença divina em alguém próximo a mim apenas porque ele tem uma visão de mundo diferente da minha?

O homem, como criação da Obra Divina — seja Deus, Buda, Olorum, Alá, o Deus de Abraão, a Consciência Suprema — foi feito à imagem e semelhança do Pai. E esse Pai nos deu um dom precioso: o discernimento. Essa centelha divina — luz que habita em nós — é capaz de guiar nossas escolhas entre pensamentos e sentimentos. É nosso guia rumo ao amor e ao perdão.

Essa é a base do ser humano. E, para todos nós que, como eu, vivemos em busca de evolução e aprimoramento, importa lembrar: a minha religião — ou a forma como escolhi compreender o mundo — não me define como boa ou má, certa ou errada. São minhas atitudes humanas, assim como as de qualquer um, que traduzem quem sou de verdade.

O que realmente nos define são nossas palavras, pensamentos e ações. E, sob um olhar religioso, somos constantemente chamados a amar, perdoar e ressignificar a vida com generosidade e bondade. É isso que busco todos os dias. Sim, haverá falhas — e nem por isso o dia seguinte deixará de ser um novo recomeço. E, sobre isso, vale refletir: a sua religião, seja cristã ou não, impede você de respeitar e amar o seu semelhante apenas porque ele pensa diferente de você?


Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Atualmente, ela equilibra sua rotina entre o trabalho e estudos em Psicanálise e Psicologia Positiva, além de se dedicar às terapias holísticas. Como coach, Kamila utiliza seus conhecimentos para compartilhar insights sobre espiritualidade, ajudando seus clientes a alcançar um maior bem-estar e autoconhecimento.

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