10.06.2024 | 11h20
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A radiologia dermatológica é considerada a subárea mais recente e promissora da imagenologia médica, ocupando um papel de destaque tanto na abordagem multidisciplinar nas lesões cutâneas e de partes moles, quanto na cosmiatria. Além de contribuir para diagnósticos mais precisos, podem auxiliar na definição de conduta, no monitoramento, no planejamento cirúrgico e mesmo guiar os procedimentos com punções e biópsias.
O radiologista contemporâneo deve estar familiarizado com as técnicas corretas dos exames para avaliação da pele e com as possibilidades diagnósticas diferenciais das afecções cutâneas. E para isso devemos estar munidos com aparelhos modernos com transdutores de alta resolução (maior que 15 MHz) e estudos com Doppler de microcirculação SMI.
Os profissionais de saúde que lidam com a dermatologia (seja estética ou patológica), devem estar cientes dos métodos de imagem disponíveis e saber como solicitar os exames.
A tecnologia é grande aliada quando usada na prática médica baseada em evidências, permitindo oferecer mais segurança e precisão no diagnóstico e no tratamento dos pacientes.
Na cosmiatria, a ultrassonografia de alta frequência com Doppler tornou-se uma ferramenta útil para a localização de trajetos vasculares e de fios estéticos, a identificação de variações anatômicas, e para o reconhecimento e diferenciação dos mais diversos tipos de materiais injetáveis, ajudando a reduzir riscos e, também, no diagnóstico e manejo de complicações.
Além disso, possibilita guiar procedimentos como PAAFs (punções aspirativas com agulha fina) tanto para diagnóstico e/ou tratamento e biópsias com agulha grossa (core biópsia) em tempo real, propiciando maior segurança e precisão. A correta compreensão anatômica é a chave para a realização de procedimentos seguros.
A injeção intravascular de preenchedores cosméticos pode acarretar desde equimoses (manchas roxas) e hematomas até complicações mais graves como necrose tecidual, amaurose (perda da visão) e acidente vascular cerebral.
Devido ao aumento crescente do número de procedimentos estéticos realizados, o conhecimento das áreas de risco é fundamental para evitar complicações.Em relação às lesões dermatológicas, incluindo lesões ungueais, a história clínica e a ectoscopia (exame físico) das lesões são de fundamental importância na construção do raciocínio clínico para as hipóteses diagnósticas.
Aliado a esses dois parâmetros o radiologista/ultrassonografista deverá fornecer características técnicas de cada lesão, assim como a descrição do plano anatômico detalhado, cabendo ressaltar a importância da análise dopplerfluxométrica (vascularização) da lesão.
O relatório diagnóstico deverá fornecer todas as informações relevantes tais como composição (cística ou sólida), localização, tamanho, estruturas adjacentes relacionadas, ecogenicidade, margens e vascularização.
O advento da ultrassonografia de alta frequência com Doppler, principal método de imagem para a avaliação da pele, trouxe aos médicos de diversas especialidades as possibilidades de diagnósticos mais precisos, condutas mais seguras e melhores desfechos dos tratamentos clínicos e cirúrgicos.
Joelma Magalhães é médica radiologista, atua no IDAPI – Instituto de Diagnóstico Avançado por Imagem, Cadim - Hospital São Matheus e coordena o setor de mamografia e ultrassonografia do HCan há 15 anos.
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