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28.06.2017 | 16h49

Coronel Zaqueu presta depoimento e nega mando de grampos ilegais

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O coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante geral da Polícia Militar no primeiro ano de gestão do governador Pedro Taques (PSDB), prestou depoimento ao coronel Jorge Catarino de Morais Ribeiro, responsável pelo inquérito policial que apura a suspeita de grampos ilegais na modalidade “barriga de aluguel” e negou que tenha tido qualquer participação no esquema que teria como alvos políticos, advogados, jornalistas e outras pessoas que representam oposição ao governo.

Das 14h às 18 horas desta terça-feira (27), Zaqueu esteve na sede da Corregedoria Geral da PM explicando sua ligação com o pedido de interceptação telefônica que foi autorizado pelo Juízo da comarca de Cáceres, em 2015.

Chico Ferreira

Segundo o advogado Flávio Ferreira, na época, o setor de inteligência da PM identificou a participação de policiais militares de Cáceres no tráfico internacional de drogas e passou a investigá-los. Um relatório foi elaborado e encaminhado ao coronel Zaqueu, enquanto comandante, solicitando autorização para as escutas telefônicas desses policiais corruptos.

Diante do relatório, o então comandante enviou ofício ao juiz de Cáceres solicitando as interceptações, o que foi deferido em relação aos policiais investigados. No entanto, todo o trabalho de identificação e apontamento dos números telefônicos ficaram a cargo do setor de inteligência, que era composta por uma equipe, dentre eles o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, que chegou a ser preso na mesma ocasião que Zaqueu, em maio deste ano.

No entanto, o advogado ressalta que o coronel não citou nenhum nome em seu depoimento. “Havia outras pessoas na inteligência, tinha uma cinco pessoas, então, não dá pra saber quem foi o responsável [pela inserção dos telefones de civis, como o jornalista José Marcondes ‘Muvuca’ e da publicitária Tatiane Sangali]”, disse Flávio Ferreira ao Gazeta Digital.

“Quando comandante, ele pediu ao juiz de Cáceres a interceptação de policiais envolvidos no tráfico de drogas, com base nas informações da inteligência. Ele confiou nessa equipe”, reforçou o advogado.

Segundo ele, Zaqueu entregou ao coronel Jorge Catarino as decisões judiciais que autorizaram as interceptações dos policiais envolvidos com tráfico de drogas e destacou que, à época, tal investigação resultou em expulsões de PMs da corporação. Ferreira também completou que o depoimento de seu cliente corresponde aos demais interrogados e aos outros documentos, como relatórios de inteligência e ofícios, que fazem parte do inquérito.

“Todos que prestaram depoimento não apontam que o coronel Zaqueu tivesse pedido para que civis fossem investigados ou que ele soubesse da barriga de aluguel. Ele só veio saber disso agora quando veio à tona”, afirmou Ferreira.

O advogado do coronel também destacou que Zaqueu deixou o comando geral da Polícia Militar em janeiro de 2016 e se aposentou em agosto do mesmo ano, período em que há suspeita de que os grampos ilegais tenham tido continuidade, já com ele fora da ativa.

Zaqueu Barbosa foi preso no dia 23 de maio, juntamente com o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, que era o responsável pelos relatórios da investigação do tráfico de drogas em Cáceres. O coronel estava preso no Batalhão de Operação Especiais (Bope), mas foi transferido há cerca de uma semana para o Centro de Formação da PM, na Estrada da Guia.

A prisão preventiva dele foi alvo de pedido de habeas corpus, que foi negado liminarmente pelo desembargador Paulo da Cunha. No entanto, o mérito do pedido ainda será analisado pela 1ª Câmara Criminal.
 

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