Siamt desiste da ação na Justiça

O Sindicato das Indústrias de Alimentação de Mato Grosso (Siamt) retirou a ação que culminou na suspensão do leilão de Prêmio para Escoamento da Produção (PEP) para 60 mil toneladas de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O pregão, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) excluiu Mato Grosso da modalidade de comercialização. As indústrias desistiram da ação depois que a Conab se comprometeu em realizar um leilão de Prêmio de Risco de Opção Privada (Prop) para a comercialização de 10 mil toneladas de arroz de Mato Grosso. Contudo apenas 6,76% dos contratos oferecidos foram comercializados.

Dos 370 contratos colocados no mercado 25 foram negociados, no valor total de R$ 87,750 mil. O diretor de Gestão de Estoques da Conab, Pedro Beskow, defende que o principal entrave à comercialização do arroz mato-grossense foi desencadeado por um problema de conexão registrado no sistema de uma das bolsas de valores que participavam do pregão. Para ele a falta de conhecimento sobre os mecanismos do Prop também fez com que houvesse baixa adesão dos empresários.

O presidente do Siamt, Marco Lorga, destaca que as regra do Prop são mais complexas que as do PEP, modalidade mais utilizada no Estado. O gênero de pregão também é inviável aos pequenos cerealistas, em função das normas, e beneficia apenas aos grandes, conforme Lorga. A maior prova disso é que apenas 2 empresas participaram da aquisição de 675 toneladas de arroz durante o pregão. Ao todo foram colocadas à venda 10 mil toneladas de arroz por meio do Prop.

Ele frisa que o perfil dos empreendimentos de Mato Grosso é diferente do de outros Estados, como o Rio Grande do Sul. "Lá predominam as grandes indústrias que adquirem o produto de pequenos produtores. Aqui ocorre o inverso". Para Lorga o problema de comunicação com uma das bolsas não atrapalhou, uma vez que os interessados na aquisição foram direcionados a uma das outras 20 bolsas.