Uso de 'materiais verdes' em construções é tendência para micro e pequenos negócios

A utilização de “materiais verdes” para a construção de prédios é destacada como a principal tendência em sustentabilidade para as micro e pequenas empresas entre 2025 e 2027, como aponta o relatório “Tendências em Sustentabilidade para Pequenos Negócios Brasileiros”. Este estudo foi desenvolvido pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), instituição ligada ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT).

Madeira de demolição, lã de PET, blocos de adobe, bioconcreto e telhas ecológicas são exemplos de “materiais verdes” que podem ser aplicados em construções sustentáveis. Estes materiais são recicláveis, orgânico ou provenientes de fontes renováveis, contribuindo para a redução do consumo de água, energia e produtos químicos. Além disso, por terem maior durabilidade, não prejudicam o meio ambiente e contribuem para a melhoria da saúde humana.

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Segundo a gerente do Centro Sebrae de Sustentabilidade, Tássia Gonçalves, os pequenos negócios que aderirem às obras sustentáveis tornam-se automaticamente mais competitivos e saem na frente em relação à concorrência.

“Construções sustentáveis chamam a atenção dos clientes e ganham notoriedade pelo seu compromisso com o planeta. Além de promoverem a conscientização ambiental, os pequenos negócios podem reduzir custos durante as obras, obter descontos no IPTU Verde e ainda receber recompensas por meio do Pagamento de Serviços Ambientais (PSAs)”, explica a gerente Tássia.

O relatório também apresenta outras 14 tendências classificadas como “forças motrizes de mudança”, tais como: integração de energia renovável, cadeias de suprimento sustentáveis, mobilidade elétrica, tecnologias de geração de energia a partir de resíduos, preço do carbono, gestão da água, finanças verdes, moda sustentável, movimento de alimentos locais e orgânicos, embalagens biodegradáveis, certificação ambiental, responsabilidade social e corporativa, e soluções de armazenamento de energia.

Para Jaqueline Weigel, a consultora e futurista global que participou da elaboração do relatório, o estudo auxilia na compreensão das novas realidades e do que está sendo moldado para o futuro. Ela reforça que o mais importante é entender como essas tendências impactam os pequenos negócios e exigem adaptações ou mudanças imediatas.

A consultora afirma que os cenários e recomendações apresentados demonstram que, ao adotar práticas sustentáveis, os pequenos empreendedores podem se antecipar às mudanças regulatórias, conquistar novos mercados e fortalecer sua reputação junto a clientes e parceiros. “A mensagem central é clara: mesmo diante de restrições de recursos, é possível implementar soluções simples, incrementais e colaborativas que geram valor imediato e constroem resiliência para o futuro”.