EM BH 15.08.2025 | 08h42
Reprodução/R7
Eledias Aparecida Rodrigues, de 43 anos, era quem dirigia o caminhão de lixo no momento do assassinato do gari Laudemir Fernandes, na última segunda-feira (11), em Belo Horizonte. Ela foi ameaçada pelo empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que foi morto horas após o crime em uma academia em uma zona nobre da capital mineira.
Segundo a motorista do caminhão, Renê agiu de modo frio em todo o momento. “Ele foi muito frio. O olhar dele, o posicionamento da arma dele era de execução. Quando ele atirou, eu pensei ‘como um cara faz isso?’ Parece que nós somos desconfortáveis. Do jeito que ele fez, parece que matar uma pessoa é algo normal”, contou.
Eledias detalhou ainda como tudo aconteceu. Ela e os colegas reforçam que não houve briga de trânsito. “Eu estava tentando dar um espaço melhor para ele. Ele parou junto à minha porta. Eu olhei e falei ‘pode vir, dá para passar’. Nesse exato momento, ele olhou para mim, já com a arma em punho, posicionou ela para mim e falou ‘se você esbarrar no meu carro, eu vou dar um tiro na sua cara, você duvida?”.
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A motorista contou ainda que os colegas coletores, quando se machucam durante o trabalho, sempre pedem ajuda a ela; mas que diante da situação inesperada, ela não soube o que fazer para ajudar o colega e amigo Laudemir. “Eu fico lembrando dele, com um saco de lixo, correndo para o meu lado”, disse emocionada.
Os colegas agradeceram a eficiência da Polícia em localizar o suspeito e à Justiça por converter a prisão em preventiva e mantê-lo em cárcere por tempo indeterminado. Agora, eles esperam que a justiça seja feita.
Relembre o caso
Renê da Silva foi detido nesta segunda-feira (11) como suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte.
Durante o depoimento à equipe do DHPP (Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), o empresário negou que tenha cometido o crime. A informação foi divulgada pela Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (12), durante entrevista coletiva.
Apesar de negar a autoria do crime, outros elementos reunidos pela investigação, como a identificação por testemunhas, possibilitaram a ratificação da prisão em flagrante.
A Justiça de Minas Gerais converteu em preventiva a prisão do empresário. A decisão aconteceu durante audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (13). A decisão é do juiz Leonardo Damasceno, que acatou o pedido do Ministério Público.
Segundo o juiz, a prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública, considerando a gravidade do caso. Ainda segundo a decisão, a conduta do suspeito abala profundamente a tranquilidade social e gera um sentimento de insegurança na comunidade, indicando que a liberdade do autuado, neste momento, representa um risco real à ordem pública.
Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos,foi enterrado sob aplausos, na tarde de terça, em Contagem, na Grande BH. Colegas de trabalho e familiares vestiram o uniforme usado durante a coleta de lixo para homenageá-lo.
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