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imunização comprometida 23.05.2021 | 13h29

Faltam 5,5 mi de vacinas no país para a 2ª dose, aponta estudo

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Christiano Antonucci

Christiano Antonucci

Um estudo de pesquisadores do projeto ModCovid19, financiado pelo Instituto Serrrapilheira e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e formado por especialistas de várias universidades do país, aponta que praticamente todos os municípios do Brasil têm algum déficit de vacinas contra a covid-19 para a segunda aplicação.

 

Para o grupo pesquisadores, formado por professores da USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade de Campinas), UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e Impa (Instituto de Matemática Pura Aplicada), as notícias de que milhares de brasileiros não estão indo aos postos de saúde se vacinar para a segunda dose contra o coronavírus são questionáveis.

 

"O que falta quase sempre é vacina", diz o professor Krerley Oliveira, coordenador do Laboratório de Estatística e Ciência dos Dados da UFAL (Universidada Federal de Alagoas).

 

Leia também - Fiocruz recebe insumos para produção de 12 milhões de doses

 

Segundo o painel de monitoramento do ModCovid-19, abastecido com dados do DataSus de quinta-feira (20), praticamente todos os municípios do Brasil têm algum déficit para a segunda aplicação. No total, estão em falta 5.574.790 doses, 4,85 milhões da CoronaVac (entregue pelo Instituto Butantan) e 715 mil da AstraZeneca (distribuída pela Fiocruz).

 

Conforme os pesquisadores, que buscam democratizar o acesso às informações sobre a luta contra a pandemia, o cálculo é simples. Se um município tem 100 pessoas que chegaram à data da segunda dose e apenas 90 imunizantes disponíveis, o déficit é de 10%.

 

Das 5.565 cidades do Brasil, aparecem sem problemas no estoque para essa aplicação complementar apenas quatro: Viçosa (RN), São Francisco do Sul (SC), Reserva do Cabaçal (MT) e Minduri (MG).

 

Somente sete municípios têm os estoques suficientes da CoronaVac, contra 694 da AstraZeneca. O país também está utilizando vacinas da Pfizer, mas as segundas doses só começam a ser aplicadas em junho.

 

Na outra ponta da tabela, três pequenos municípios cearenses apresentam a situação mais grave do país, com 100% de déficit. Em Araçoiaba, com 26,5 mil habitantes, não havia nenhuma das 110 doses necessárias à população na quinta-feira. Granjeiro (4,8 mil moradores) precisava de 152 e os estoques estavam zerados. Em Camocim (64 mil), faltavam todas as 1.738 necessárias a quem tinha levado a primeira injeção do imunizante.

 

"Você dizer que a culpa é do morador que não se vacinou, como se fosse uma opção sua tomar uma, mas não duas doses é faltar com a verdade", disse Krerley Oliveira.

 

Ele, que é professor da Universidade Federal de Alagoas, comenta que contribui para a baixa quantidade de imunizados a omissão de gestores públicos em viabilizar e facilitar ao morador sua ida em busca da nova vacina.

 

"Faltam campanhas de conscientização, mas também medidas que permitam aos cidadãos se imunizar. O Governo de Alagoas, por exemplo, anuncia que todo o grupo prioritário já foi vacinado, mas não é isso que mostram os dados. Muita gente já perdeu o prazo da segunda dose."

 

Oliveira explica que os dados do painel trazem um retrato do dia em que foram apurados e não levam em consideração lotes entregues posteriormente pelo Ministério da Saúde ou por governos estaduais.

 

Até a última sexta-feira, o Ministério da Saúde já tinha encaminhado pelo menos 90,6 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos estados e Distrito Federal desde o início da campanha de nacional de imunização, em 18 de janeiro. Além da CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca, também começou a distribuição da Pfizer em maio.

 

Conforme o Vacinômetro do R7, até sexta-feira à tarde, ao menos 41.310.677 pessoas haviam recebido a primeira dose de alguma vacina contra o novo coronavírus, o que representava 19,51% da população. Outras 20.288.843 injeções de segunda dose chegaram aos braços dos brasileiros, o equivalente a 9,58% do total de habitantes no país.

 

O R7 entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber se a pasta gostaria de comentar a reportagem, mas até o momento da publicação não houve resposta. O espaço está aberto.

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