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Cuiabanos aprovam regras para CNH, mas há ressalvas quanto à qualidade dos motoristas

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Silvano Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Otmar de Oliveira

Otmar de Oliveira

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou, no começo do mês, uma resolução que altera algumas obrigatoriedades no processo de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Uma das principais mudanças prevê o fim da necessidade de aulas em autoescolas. O foi às ruas do centro de Cuiabá para entender a opinião da população.

 

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Ana Lúcia de Abreu, 42, ficou feliz com a proposta. Apesar de ter idade para fazer o documento, ela alega falta de dinheiro para os custos com exames e aulas.

 

"Vai ser maravilhoso. Agora eu vou ter condição de tirar a carteira, andar à vontade", contou Ana Lúcia.

 

Ela está entre os 30 milhões de brasileiros que não possuem o documento, principalmente, por não conseguir arcar com os custos. Por outro lado, 20 milhões dirigem mesmo sem ter a permissão. Os dados são da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

 

Atualmente, no Brasil, o preço médio para tirar uma CNH gira em torno de R$ 3 mil. Segundo estimativas do governo federal, a nova resolução pode reduzir em até 80% os custos totais para a habilitação.

 

Segundo o taxista Fábio Rosa da Silva, 61, a nova legislação não vai atrapalhar o trânsito. Agora, a carga mínima de aulas práticas vai passar de 20 horas para duas horas. Além disso, as aulas poderão ser feitas com um instrutor privado credenciado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

 

Para Fábio Rosa, as qualidades de um motorista estão mais ligadas a questões como paciência e respeito do que necessariamente com a quantidade de instrução práticas.

 

“Se ele é um candidato consciente, eu não vejo problema nenhum. O trânsito de Cuiabá é complicado, mas desde que ele faça as provas, tudo certo, com certeza não vai atrapalhar [o trânsito]. Muitos aí fazem autoescola e dirigem super mal, não respeitam sinalização", argumentou o taxista.

 

As provas, citadas por Fábio Rosa, continuarão como antes. Quem deseja tirar a CNH ainda precisará ser aprovado nas provas teórica e prática. A mudança, porém, permite que a prova prática seja feita com carros de propriedade dos candidatos.

 

É o caso de Maria da Glória Corrêa, 62, que poderá fazer a prova com sua moto. Ela possui uma Biz, que está parada na garagem por falta de habilitação. 

 

"Vai facilitar para nós. Eu tenho uma Biz, mas não ando com ela porque não tenho habilitação ainda. [A diminuição dos custos] vai ajudar muito", relatou ao .

 

Contudo, nem todos os cuiabanos aprovam a mudança. Francisco Pereira, 62, é pessimista quanto aos benefícios da nova resolução do Contran. Ele acha que a medida pode afetar o fluxo e segurança do trânsito que, segundo ele, já é caótico.

 

"Com todas as aulas [atuais] e tudo mais, já existe muita imprudência. Eu também não confio em certos detalhes, não vai haver fiscalização. Meu pensamento é que não vai ser viável", ele explicou.

 

A nova regra passa a valer quando for publicada em Diário Oficial. 

 

Entidades que representam as autoescolas preparam um projeto para ser enviado ao Congresso Nacional e um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a resolução do Contran. A Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) defende que a medida vai aumentar o risco de acidentes.

 

Hoje, existem aproximadamente 15 mil autoescolas em todo o Brasil. 

 

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