enterrada viva 31.03.2019 | 11h10
Divulgação
Decisão sobre a guarda da bebê indígena Analu Paluni Kamayura Trumai deve ser definida em maio de 2019, segundo informações apuradas junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso(TJMT). Prestes a completar 10 meses de vida, Analu está sob tutela da Fundação Nacional do Índio (Funai) e acolhida na Casa da Criança e do Adolescente Hygino Penasso, em Canarana (823 Km a leste de Cuiabá).
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O processo, que julga a guarda da menina, segue na 1ª Vara de Canarana, sob responsabilidade do juiz Darwin de Souza Pontes, em segredo de Justiça. Segundo o magistrado, várias questões são analisadas e é preciso cautela para definir o destino da indiazinha. “A bebê está em bons cuidados, está bem de saúde e por isso é importante tomar a decisão com segurança”, disse ao
.
No último dia 28 de fevereiro, o Ministério Público Estadual se manifestou pela guarda a favor do pai da criança, Kayani Trumai Aweti, de outra etnia. Porém, ainda há interesse da mãe, que é adolescente e também de uma tia de Analu.
A adoção é quase que descartada, conforme o magistrado. Ele aguarda também relatório de estudo psicossocial da família materna e análise da Casa de Saúde Indígena (Casai) sobre a viabilidade de o pai conseguir manter o tratamento médico de Analu.
Analu é acompanhada por duas cuidadoras no abrigo e por uma equipe médica onde faz tratamento rotineiro em Brasília (DF), através da Casai, devido a sequelas neurológicas. Entretanto, o desenvolvimento da menina segue bem, de acordo com informações do Judiciário.
Relembre o caso
A criança foi resgatada por policiais militares no município de Canarana (823 Km a leste de Cuiabá) após denúncia anônima, informando que uma indígena de 15 anos tinha dado à luz um bebê que havia sido enterrado ao lado da residência onde mora a família. A criança foi colocada na vala por volta de 14h e resgatada às 21h.
Vídeo gravado no momento do resgate mostra a menina sendo retirada de um buraco escavado pelos militares.
Investigações da Polícia Civil logo apontaram que a bisavó da recém-nascida, Kutsamin Kamayurá, 57, e a avó Topoalu Kamayura, 33, premeditaram o infanticídio. A motivação seria porque não aceitavam que a adolescente fosse mãe solteira. Em depoimento, ambas confirmaram que haviam tentado que a adolescente abortasse a criança.
Topoalu e Kutsamin foram presas pelo crime e atualmente respondem por tentativa de homicídio. Em liberdade, atualmente a avó e bisavó, respectivamente, não usam mais a tornozeleira, determinado à época por um período de 6 meses.
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