Cuiabanos pelo mundo 06.11.2022 | 07h03

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Imagina se o sonho de morar fora e conhecer novos lugares e culturas todos os dias, se tornasse real. Para o bacharel em direito Ricardo Silvestre, 33, isso realmente aconteceu. Há 3 anos ele se mudou para Dublin, na Irlanda, e contou um pouco para o
como foi toda essa experiência de mudança de vida.
Silvestre conta que chegou à Europa em novembro de 2019 em busca de oportunidades melhores, já que não exercia sua formação em Cuiabá, onde trabalhava na empresa de da família, representante produtos cirúrgicos em Cuiabá. “Já estava meio saturado assim da vida em Cuiabá. Aí não rende muito dinheiro e eu queria arriscar uma coisa nova”, conta Ricardo.
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O cuiabano e um casal decidiram fazer a viagem com destino a Irlanda. Apesar de não conhecerem o local, o casal de amigos foi na frente e Ricardo e sua ex-namorada foram meses após. “E não foi algo planejado, mas foi algo que falamos em ir um dia. Começamos tudo tranquilo, sem pressa”, relata.
Por ter ido como intercambista de estudo, havia a necessidade de pagar as passagens e a escola de onde iria estudar, mas as acomodações estavam garantidas. Uma das maiores dificuldades passada, segundo Ricardo, foi se acostumar ao novo ambiente e a nova língua, já que ele não sabia nem o básico de inglês. Por isso quem ficava adiante da comunicação era sua ex namorada.
O intercambista conta que no início precisou se mudar para uma cidade no interior da Irlanda e que lá começou a trabalhar de kitchen importer (lavagem de pratos em grandes restaurantes). Após 6 meses trabalhando em cozinhas, veio a pandemia. Com a chegada das restrições por conta do coronavírus muitos estabelecimentos fecharam e os empregos sumiram. Para consegui se sustentar, começou a trabalhar de delivery, entregando comidas de bicicleta pela cidade. E apesar do incentivo do governo com um auxílio para que ficasse em casa, o cuiabano continuou a trabalhar com entregas por meio de aplicativos.
Atualmente, Ricardo continua trabalhando com entregas, porém trocou a bike pela moto.
O cuiabano também conta sobre a possibilidade de participar de um filme que ainda vai estrear nos cinemas, chamado O Exorcista do Papa onde teve a chance de contracenar com o ator Russell Crowe. “Aqui você se inscreve em um site e eles te chamam para fazer parte da figuração de alguns filmes e é muito bem remunerado”, relata o "ator estreante".
O rapaz conta que, por sua experiência, não importa para ondese vai. Sempre haverá dificuldades. Morando em Dublin, o bacharel em direito deixa claro isso, pois ele ressalta que uma das maiores dificuldades é ficar longe da família e dos amigos, e que apesar de ser uma país muito cheio de oportunidades, os irlandeses não são tão próximos assim dos brasileiros.
Mas a parte boa é que, segundo ele, o salário de um emprego é o suficiente para te sustentar, já que a maioria dos empregos tem a mesma faixa de salário, de 12 euros a hora, independente se trabalha de faxineiro ou cozinha ou em banco. Entretando, existem os cargos que pagam a mais, que são aqueles que exigem uma formação.
No momento, ele tenta tirar a cidadania italiana, para que assim não seja necessário continuar estudando para renovar o visto, pois com o passaporte europeu é possível permanecer em qualquer país regularmente.
“Quem fica aqui estudando tem direito a 3 renovações de inglês e depois disso você pode aplicar para faculdade, depois que tiver um inglês avançado, aí a faculdade te dá direito a 3 anos de visto ou se você tiver o diploma daí também funciona, é só atualizar pra cá, para você fazer a faculdade aqui”explica.
Ele deixa claro que a experiência valeu muito, já que conseguiu aprender um outro idioma. “Agora eu consigo ir pra qualquer lugar, Estados Unidos por exemplo, qualquer lugar eu consigo me comunicar”.
Como também, proporcionou novas experiências e pode conhecer mais culturas também. Além disso, Ricardo cita a facilidade que teve para conhecer países vizinhos.
“Pude ir duas vezes para Paris, já fui pra Roma, já fui pra Irlanda do Norte, em Belford”. Apesar de já ter conhecido alguns países vizinhos, ele continua se planejando para conhecer um pouco mais durante o próximo ano e voltar pra Cuiabá está fora de cogitação agora.
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