inadimplência 16.03.2024 | 07h00
redacao@gazetadigital.com.br
Marcus Vaillant
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), trouxe um crescimento no percentual de famílias endividadas e em situação de inadimplência na capital em fevereiro.
O índice de famílias com contas a vencer atingiu 87,1%, aumento de 0,7 ponto percentual sobre o mês anterior. Também se observou uma elevação mensal de 0,5 p.p no índice de famílias com contas em atraso (21,9%) e de 0,1 p.p para as que afirmaram não ter condições de pagá-las (5,6%).
Em números absolutos, houve um crescimento de quase duas mil famílias endividadas em um mês. Do total de 179,3 mil famílias nessa condição na capital atualmente, 42% se encontravam um pouco endividadas, 35,6% mais o menos endividadas e 9,5% muito endividadas. Além disso, há um aumento de mil famílias com dívidas em atraso, passado de 44,1 mil em janeiro para 45,1 mil no mês seguinte.
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Conforme análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), apesar do aumento na pesquisa geral no mês de fevereiro, a inadimplência se mostra menor no longo prazo e aponta para um consumo favorecido na capital, o que é importante para o aquecimento econômico local.
É o que destaca a avaliação anual da pesquisa, onde o índice de endividados, atualmente, é maior que os 82% registrados em fevereiro de 2023. Além de o percentual de inadimplentes cair de 26,4% (53,8 mil) para os atuais 21,9% (45,1 mil).
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica a tendência de aumento na inadimplência neste período do ano. “Tal condição pode ter relação com o aumento de gastos das famílias que incidem sob produtos e serviços substanciais, que costumam no início do ano. Por esta razão, é comum haver uma diminuição no consumo e incidir sobre o aumento da inadimplência”.
Com relação aos principais tipos de dívidas, 79% dos entrevistados em Cuiabá alegam ser com o cartão de crédito, seguido dos carnês e boletos, correspondendo a 22,9% dos respondentes. Outro dado divulgado na pesquisa é que 30,9% afirmaram que passam de 3 a 6 meses comprometidos com esses tipos de dívidas, os que estão por mais de 1 ano somam 28,2%.
Além disso, o levantamento revela que 74,9% das famílias endividadas têm a renda comprometida entre 11% e 50%, seguido de 14,0%, que tem até 10% de sua renda comprometida com dívidas.
A nível Brasil, 77,9% das famílias estão endividadas, enquanto 28,1% possuem dívidas em atraso e ambas as verificações estão menores agora que no mês anterior, assim como na comparação anual. “Apesar de o percentual das famílias com dívidas ser menor na avaliação nacional, o índice de inadimplência se mostra menor em Cuiabá.”, conclui o presidente Wenceslau Júnior.
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