terror que passa por gerações 01.11.2025 | 12h48

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Divulgação
Em 31 de outubro foi celebrado mais um "Halloween", batizado de "Dia das Bruxas" no Brasil, ou Dia do Saci, num resgate do folclore nacional. Em Cuiabá, entre o Halloween e o Dia do Saci estão muitas outras histórias cultivadas no imaginário popular e perpetuadas por gerações. A capital mais calorosa do país carrega um repertório próprio de lendas urbanas, mistérios e assombrações reforçadas em rodas de conversa durante seus 3 séculos.
Os cenários são os mais variados possíveis: Centro Histórico, Igrejas do Rosário e São Benedito e o histórico Rio Cuiabá.
Quem caminha pelas ruas centrais sabe: cada esquina tem uma história. A mais conhecida talvez seja a "Aparição", que narra sobre um estudante que conheceu uma bela moça em um baile de carnaval, no antigo Clube Feminino de Cuiabá, na Rua Barão de Melgaço, centro da cidade.
A moça era linda e usava máscara. Quando deu meia-noite, ela quis ir embora e falou para o rapaz. Estava chovendo e ele se prontificou a levá-la em casa, a cobriu com sua capa de chuva e saíram em um táxi. Ao passar na frente do Cemitério Nossa Senhora da Piedade, a moça pediu para encerrar a corrida porque era ali que morava. Ela entrou no cemitério à noite e deixou o rapaz confuso. Nunca mais o casal se encontrou.
Há quem conte que nas dependências do Colégio Liceu Cuiabano vagava a "Loira do Banheiro". Alunos juram ter ouvido passos, vozes e o som de portas batendo quando ninguém mais estava por lá.
Na Igreja do Rosário e São Benedito, fiéis relatam já terem visto luzes misteriosas acesas sozinhas e vultos que percorrem os corredores ao cair da noite. Alguns acreditam que são as almas dos antigos escravos e devotos que ajudaram a erguer o templo, um dos marcos da fé cuiabana. Além disso, existe a "Alavanca de Ouro", trabalhadores acharam uma pepita de ouro, mas não queriam quebrá-la para sua remoção. Assim, para retirá-la inteira, começaram a escavar em volta dela. Só que a pepita era tão grande e a escavação se aprofundou até que fossem todos soterrados.
Às margens do Rio Cuiabá, ribeirinhos lembram da gigantesca criatura aquática, que emergia das águas e afundava barcos inteiros de pescadores. A lenda teria surgido após o padre Ernesto Barreto comprar um terreno, em 1880, onde hoje está localizada a Barra do Pari, em Cuiabá. O saber popular afirma que o "Minhocão do Pari" só desapareceu da região quando houve uma grande enchente, em 1974.
Os que acreditam no monstro do rio garantem que o minhocão ficou preso debaixo da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, a catedral, pelos fios de cabelo de Nossa Senhora durante a enchente.
Enquanto o Halloween se transforma em festa de fantasia e decoração, o Dia do Saci e as lendas cuiabanas mantêm vivo o poder da tradição oral, do “causo” contado de geração em geração.
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