ENTRADA GRATUITA 05.09.2025 | 14h24
redacao@gazetadigital.com.br
Divulgação
Celebração audiovisual dos 15 anos de luta do Ilè Okowoò Asè Iyá Lomin' Osà contra o racismo religioso, o documentário “A Casa de Todas as Águas” será lançado durante sessão no Cine Teatro Cuiabá nesta quarta-feira (10) com entrada gratuita.
Dirigido pelas cineastas Juliana Segóvia e Paula Dias, o curta-metragem é uma produção do Aquilombamento Audiovisual Quariterê. Para as diretoras, a obra é um importante símbolo da resistência audiovisual do cinema mato-grossense, sobretudo pela temática.
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A produção aborda a história do engajamento cultural e político da casa de axé com narrativas que rememoram desde sua fundação, em julho de 2010, até os dias atuais.
Por meio de relatos de pessoas que estavam presentes no início das atividades do templo religioso e de representantes da nova geração, o filme conta como a resistência ao racismo religioso foi e segue sendo articulada por comunidades de culto afro-brasileiro.
Ao falar sobre a obra, Segóvia destaca que o filme traz uma abordagem tanto poética quanto intimista da narrativa, o que pode ser verificado pelas dimensões fotográfica e sonora da produção.
Dias complementa ao apontar que o documentário é um convite à reflexão sobre as representações das culturas religiosas afro-brasileiras no cinema.
“No audiovisual, assim como na política, não existe lugar vazio e tudo é atravessado pelo poder. Quando pessoas do candomblé, da umbanda e de outras vertentes afro-brasileiras não são escutadas, o resultado muitas vezes é de uma obra caricata e cheia de preconceitos. Então, o filme é uma resposta possível. Ele tenta preencher esse lugar com outras histórias, narrativas mais reais”, disse Dias.
À frente da casa de candomblé, o babalorixá Bosco ty Xangô destaca a importância da produção não somente para o templo religioso, mas para toda a sociedade, como instrumento de fortalecimento da luta contra o racismo religioso.
“As religiões afro-brasileiras muitas vezes ocupam um lugar que não lhes cabe no imaginário das pessoas. A visão deturpada que se criou em torno desse tipo de culto é manifestada pelo preconceito, que, em alguns casos, evolui da agressão verbal para a violação dos templos. Representar as religiões a partir dos nossos relatos é uma forma de resistir, assim como nossos ancestrais fizeram”, apontou o líder religioso.
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