IBGE explica ‘ausência’ das favelas conhecidas em Cuiabá de censo

Verdadeiras favelas de Cuiabá, como a comunidade do Vila Verde e do Flor do Leste, na região do Contorno Leste, que geraram polêmicas ao ficarem de fora do levantamento Favelas e Comunidades Urbanas do Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não estavam ocupadas na data em que o Censo foi finalizado naquele ano. Outras, como o Terra Prometida, Silvanópolis e Paraisópolis, foram classificadas de acordo com o bairro mais próximo.

As explicações são do IBGE e foram dadas durante coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (18), na sede do instituto em Cuiabá.

Pesquisador do IBGE, Micael de Souza, responsável pelo cadastro de endereços para fins estatísticos em Mato Grosso, explica que houve um problema na questão da interpretação de algumas informações do Censo em relação às Favelas Comunidades Urbanas no Estado.

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Segundo ele, no caso de das comunidades como o Terra Prometida, Silvanópolis e Paraisópolis, regiões que foram questionadas por não aparecerem no levantamento, ele afirma que as comunidades não ficaram de fora do Censo, mas foram classificadas como região do Paraíso por estarem próximas aos bairros Novo Paraíso 1 e 2 e Jardim Paraíso, na capital. Na região, o IBGE apontou um número de mais de 6 mil famílias.

O pesquisador esclareceu ainda que as críticas relacionadas à classificação de bairros como Pedra 90, como favela, não são válidas já que apesar do nome de alguns bairros aparecerem na lista, não significa que o bairro por inteiro é uma favela.

Apesar da área de favela e comunidade urbana levar o nome de um bairro, isso não significa que todo bairro é.

Um dos exemplos usados por Souza foi o próprio Pedra 90, onde, segundo a classificação do IBGE, existem cerca de quatro favelas. Por estarem localizadas dentro do Pedra 90, elas receberam nomes como Pedra 90 A, Pedra 90 B.

De acordo com ele, isso aconteceu também em outros bairros como São João Del Rey, Parque Cuiabá e Centro América.

Mas, ao observarmos os mapas dos bairros, vemos qual é a proporção delas dentro deles, e constamos, então, que não se referem ao bairro como um todo.

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