Moradores e motoristas reclamam de buracos e remendos da Águas Cuiabá

Moradores e motoristas de Cuiabá têm reclamado incessantemente das condições do asfalto da cidade, especialmente após as obras da concessionária Águas Cuiabá. Além dos buracos, os “remendos” também não são de qualidade, e logo cedem à chuva ou veículos maiores.

Um motorista, que não quis se identificar, trafegava pela avenida Estevão de Mendonça e gravou um vídeo criticando a situação da via. Além de um buraco, ele mostra o carro “balançando” ao passar por cima dos remendos – buracos tampados pelo asfalto.

"Olha aí, largaram isso aqui. Ali na frente está tudo afundando. Olha o tamanho desse [remendo] afundando perto da padaria", mostra o condutor, chegando próximo da Padaria Viena.

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Um morador da região também reclamou da condição do asfalto. "Só na minha rua eles vão voltar pela 10ª vez que sabe-se Deus quando vão voltar pra arrumar, porque está afundando de novo. Aquilo ali é tudo novo, e já está afundando de novo, em quatro pontos da Estevão de Mendonça. Na Dom Bosco, também, na lateral do meu prédio, também está afundando", disse.

Ele também pontua que até em direção à feira do Porto, as vias estão “um caos”. "Se a imprensa não fazer uma chamada com relação ao que está acontecendo com relação à Aguas Cuiabá, todos nós cidadãos vamos continuar padecendo", lamenta.

Outro bairro com diversos buracos abertos é a região da Miguel Sutil, que foi flagrada pela reportagem.

Nesse período de chuva, os buracos tornam-se mais perigosos ainda, já que acumulam água e se tornam poças. Muitos motoristas passam com os veículos em cima e acabam danificando o mecanismo.

Foi o que aconteceu no dia 25 de janeiro. Um enorme buraco causou danos a pelo menos 8 motoristas, na avenida Miguel Sutil. Durante forte chuva registrada em Cuiabá, a cratera se formou e ficou cheia de água, prejudicando a visibilidade dos condutores que passaram por ele e tiveram rodas dos carros danificadas e pneus estourados.

Outro lado
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Obras Públicas e a concessionária Águas Cuiabá.

De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas, o serviço de recapeamento para tampar os buracos é de responsabilidade da concessionária. Conforme o decreto nº 8.830, foi suspenso temporariamente o início de novas obras para implantar esgotos ou tratamento de água em vias já pavimentadas.

Já a Águas Cuiabá informou que a equipe de fiscalização de obras foi intensificada, exigindo a qualidade dos serviços de saneamento básico da capital. Nesse momento, a instalação de redes coletoras é realizada apenas em áreas não pavimentadas.

Veja as notas na íntegra

A Águas Cuiabá informa que reforçou suas equipes de fiscalização de obras e tem intensificado, junto às empreiteiras contratadas, a exigência de qualidade na realização dos serviços de expansão dos sistemas de saneamento básico da cidade.

Neste momento, a instalação de redes coletoras de esgoto é realizada apenas em áreas não pavimentadas, conforme calendário estabelecido conjuntamente com a Secretaria Municipal de Obras da capital.

A concessionária lembra que o prazo regulamentar para a recomposição asfáltica é de cinco dias após a conclusão de uma obra ou reparo, prazo este previsto em contrato e necessário à realização de testes operacionais nas estruturas que passaram por intervenções.

A concessionária pode ser acionada por meio de seus canais de atendimento: 0800 646 6115 e (65) 99276 6008 (WhatsApp).

A Secretaria Municipal de Obras Públicas:

- Está em vigor o Decreto nº 8.830, que suspende temporariamente o inicio de novas obras de implantação de rede coletora de esgoto em vias já pavimentadas.

- A medida tem como objetivo assegurar que esse trabalho seja executado causando o mínimo transtorno possível aos cuiabanos.

- O disposto não se aplica, todavia, às obras que já haviam sido iniciadas antes da assinatura do decreto e também aos serviços necessários de manutenção das redes de água e esgoto, que integram o sistema de saneamento.

- Destaca que o descumprimento das determinações pode resultar em penalidades legais e contratuais cabíveis.

Veja o vídeo