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experiência transformadora 02.06.2019 | 07h28

Na Austrália, jovem cuiabana se destaca em empresa global

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Três lares em menos de 10 anos. É assim que tem sido a vida da cuiabana Amanda Pereira, 29. Desde que deixou a cidade, em 2010, acumulou nas bagagens experiências e vivências que ela nem imaginava. A única certeza é a saudade da terra.

 

Ela garante que a experiência tem sido transformadora. “Ver o mundo com os próprios olhos, viver um dia de cada vez e descobrir cada detalhe de quem você é, isso é maravilhoso”.

 

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“De mala e cuia”, com 20 anos, ela partiu rumo à Curitiba (PR), com o objetivo de ingressar em uma faculdade. E assim foi. Após 4 anos, foi diplomada com Bacharel em Negócios Internacionais.

“No começo, como é normal, eu senti muita diferença no clima e na hospitalidade das pessoas, que são mais fechadas, diferente de nós, cuiabanos”, disse.

 

Ainda como estudante, conseguiu um estágio no Grupo Volvo, empresa a qual ela trabalha até hoje e oportunizou várias experiências pelo mundo à fora.

Acervo Pessoal

Amanda Pereira - Cuiabanos pelo mundo

 

A primeira foi para trabalhar por um ano na Volvo Estados Unidos. Ela aceitou. Passou o período atuando na mesma função que já desenvolvia, sem perder o vínculo trabalhista com a empresa no Brasil.

 

Quando retornou à Curitiba, se deparou com uma nova oportunidade. “Vi que tinha uma vaga interna disponível no Grupo Volvo e me inscrevi”, contou.

Dias depois veio a reposta, foi selecionada.

 

Do outro lado do globo

Hora de fazer uma nova mala, dessa vez, sem data de retorno. O destino foi Brisbane, na Austrália. Há 1 ano e 6 meses na cidade, ela ressalta o amor pela infraestrutura local e a facilidade de estar e chegar às praias.

Acervo Pessoal

Amanda Pereira - Cuiabanos pelo mundo

 

 

“Gold Coast é uma cidade litorânea que fica a 94 km da minha cidade, é de muito fácil acesso. A segurança é um ponto importante também, consigo andar despreocupada”, ressaltou.

Como nem tudo são maravilhas, ela teve algumas dificuldades. Uma delas, dentro da empresa. “O que não me agrada muito é a relação de trabalho que as pessoas possuem aqui, são mais desapegadas, não valorizam tanto como nós”, disse.

 

Ela explica que o país tem condições de estabelecer salários equivalentes e proporcionais, ofertando qualidade de vida em várias áreas de atuação.

Amanda atua em duas funções: Controle de Materiais e Implementação de Sistema Global. No primeiro, a responsabilidade é maior, já que atua na importação de produtos para a montagem dos caminhos que a marca fabrica.

 

“São materiais importados da Europa. Trabalho direto com fornecedores, controlando as demandas, para que a entrega seja feita em dia. A outra função é nova, que vai substituir o sistema antigo do Controle de Materiais. Estou na equipe da implantação da nova função”.

Com a ânsia de conhecer outros países e culturas, Amanda conta que sempre se imaginou viajando pelo mundo, mas nunca pensou que moraria do outro lado do globo.

 

“Nunca imaginei tão longe da minha família, no máximo nos Estados Unidos. Mas, aproveitei a oportunidade que meu trabalho deu, posso me sustentar e conhecer o mundo”.

Em Brisbane, ela mora sozinha em um apartamento com uma grande sacada. Trabalha de segunda a sexta e, às vezes, vai à academia. “Fiz alguns amigos e sempre saio com eles, com meu namorado, que também é brasileiro”.

 

Sobre xenofobia, contou que nunca presenciou nada. No entanto, sentiu uma resistência no ambiente de trabalho quando chegou para assumir o cargo.

“Por eu ser mulher, jovem e com um pensamento diferente dos australianos em relação ao trabalho, eu senti uma resistência, mas aos poucos fui conquistando a confiança deles, mostrando ideias, colocando em prática e obtendo resultados”, contou.

 

No trabalho, ao lado dela, estão profissionais da Suécia, Chile, África do Sul, Malásia, Índia, Sri Lanka, Vietinã, Escócia e do Brasil. “É uma diversidade étnica e cultura muito bonita de ser ter por perto, e também é produto de uma política de inclusão”, disse.

Voltando a Cuiabá

 

Se pretende voltar, ela diz que sim, mas daqui há uns 4 anos só. Por enquanto, só nas férias. Dezembro passado esteve aqui, passou o aniversário, o Natal e o ano novo.

“A maior saudade é da minha família, dos meus amigos, dos meus gatos e, claro, da comida. Nada como uma ventrecha de pacú com farofa de banana”.

 

Além da saudade de casa, também diz sentir saudade de “bater perna” na Feira do Porto. “Eu amo ir lá, não sei explicar, lembra muito a minha infância”, diz.

Mas ainda há chão. Até o seu retorno, Amanda espera adquirir mais bagagem, seja no campo profissional ou no pessoal.
Para quem busca uma vida assim, longe de casa, abraçando as oportunidades, ela dá uma dica: “Vá, sem medo. A consciência e o autoconhecimento que você vai adquirir são mais evidentes quando estamos sós, com nós mesmos”.

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