dor no bolso 08.10.2023 | 16h48
allan@gazetadigital.com.br
Além da estrutura antiga, passageiros do Terminal Rodoviário de Cuiabá sofrem com preços exorbitantes nos produtos comercializados nas lanchonetes no local. Os valores de alguns itens,inclusive, superam a de outros terminais ou até mesmo se assemelham aos de aeroportos.
O visitou alguns estabelecimentos e se de parou com a insatisfação dos usuários. Itens como salgados, água mineral de garrafinha, pão de queijo, barrinha de chocolate Prestígio e pacotes de bananinha frita chegam a custar R$ 8.
Os valores considerados abusivos por algumas pessoas também atingem o tradicional cafézinho e caixinhas de achocolatado, que são vendidos por R$ 5.
Dor no Bolso
Se preparando para embarcar para São Paulo, a enfermeira Liliane Frances, ficou espantada ao cotar o preço de uma marmita. Após tomar conta de que teria que desembolsar R$ 40 pela alimentação, a profissional decidiu seguir a viagem de “barriga vazia”.
Moradora de Lucas do Rio Verde (331 km de Cuiabá), Liliane apontou que o preço é o dobro do praticado em sua cidade. “Eu iria comprar uma marmita, mas acabei não comprando por conta do valor de R$ 40. É o dobro do valor que eu pagaria em Lucas, onde falam que uma cidade que tem o custo de vida muito alto. No entanto, lá, mesmo na rodoviária não é esse preço”, reclamou.
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O operador de rolo, Ananias Felix de Araujo, também sentiu a dor no bolso ao comprar um combo de pão de queijo com café com leite para degustar com a esposa. Em busca de economizar no percurso até Belo Horizonte (MG), o casal optou por trazer um bolo para se alimentar durante a viagem.
“Eu achei tudo muito caro. A gente comprou um pão de queijo e um café com leite, deu R$ 18. Nós trouxemos esse bolo para tentar economizar, porque se fossemos comprar aqui, com certeza ficaria mais caro”, explanou.
Atualmente o terminal rodoviário é administrado pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), que trabalha nas obras de reestruturação e melhorias do local. Para a reportagem, o gerente da concessionária, Selmo Oliveira, afirmou que a empresa não tem o poder de influenciar nos valores praticados pelos proprietários das lanchonetes, que tem total autonomia para definir os preços.
Segundo ele, o mesmo ocorre nos terminais aeroportuários que são concessionados. “Apesar da empresa ter a concessão dos serviços da rodoviária, ela não tem como influenciar nos valores que é praticado. A legislação não permite”, explicou.
O dirigente apontou ainda que a concessionária pretende ampliar o número de lanchonetes para estimular a concorrência entre os empreendimentos. “Com a reforma nós vamos abrir espaço para mais concorrentes e vamos ter um número maior de lanchonetes e mais opções. Isso vai trabalhar a questão do preço”, acrescentou.
Procon não vê irregularidades
O também procurou o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), que justificou que as lanchonetes seguem “os princípios da ordem econômica, de livre concorrência e livre mercado”. O órgão também alegou que no último monitoramento realizado pelo Procon-MT, em julho de 2023, não foi constatada nenhum tipo de cobrança irregular.
Veja a nota na íntegra:
"Com relação aos valores de alimentos comercializados na rodoviária de Cuiabá, o Procon Estadual informa que não há controle/tabelamento de preço nesse segmento. Os preços seguem os princípios da ordem econômica - de livre concorrência e livre mercado – devendo respeitar as legislações consumeristas e os princípios constitucionais.
Estabelecimentos localizados em rodoviárias, aeroportos e shoppings centers tendem a ter custos administrativos (aluguel, taxas, entre outros) mais altos e esses valores recaem sobre os produtos comercializados, o que pode explicar os preços mais altos.
No último monitoramento realizado pelo Procon-MT, em julho de 2023, foi verificada variação regular de preços dentre os produtos analisados, como a água mineral por exemplo.
Caso haja alguma denúncia específica, e mesmo considerando as peculiaridades da atividade desenvolvida no local, o Procon pode fiscalizar e apurar se existe indícios de abusividade".
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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Paula - 09/10/2023
Isso é verdade, meu marido pagou 25$ em uma água e um refrigerante 400ml,quando fui reclamar a dona disse q era o preço daí tirei umas fotos è logo a funcionária veio me devolver 5$
Sávio Luis Farias Rodrigues - 09/10/2023
Bom dia, Reforço a reclamação, ontem embarquei de volta a Nova Xavantina e achei um uma falta de respeito a moça me cobrar R$ 10,00 em uma garrafinha de água mineral, não aceitar pagar e fui em outro lanche e para minha surpresa estava R$ 8,00 comprei pois o meu ônibus já estava saindo, mas me senti lesado pela rodoviária, falta de respeito e falta o Procom fazer o seu papel e multar os estabelecimentos e a administração da rodovia, além do preço alto a cara feia no atendimento, parece que estamos incomodando ao comprar, revoltado!
Ademir - 09/10/2023
Além de caro, tem a lanchonete Havaí onde comprei um sanduíche natural que estava podre. Ali deve haver uma intervenção da vigilância sanitária.
3 comentários