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fotografia como meio de denúncia e mudança 23.05.2025 | 16h25

Sebastião Salgado capturou beleza do Pantanal e do Xingu em MT; veja fotos

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Silvano Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital.com.br

Divulgação/Montagem GD

Divulgação/Montagem GD

Sebastião Salgado foi um dos maiores fotógrafos de seu tempo. Ele morreu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris, e deixou um legado da importância da fotografia como documento da história, meio de denúncia e mudança social. Em Mato Grosso, Salgado fez duas fotos icônicas nas quais mostra a beleza do Pantanal e da Amazônia.

Sebastião Salgado/Divulgação

pantanal, 2011, sebastiao salgado

 

No Pantanal mato-grossense, o fotógrafo capturou um pássaro sobrevoando o bioma. "Eu amo pássaros, eu os acho magníficos", disse Salgado.

Sebastião Salgado/Divulgação

amazonia, territorio xingu, mt, 2005, sebastiao salgado

 

Em outra imagem, ele capta o momento em que indígenas waurá pescam no Território Indígena do Xingu. A retrato faz parte de uma série de fotografias que Salgado registrou na Amazônia Brasileira.

 

Sempre em preto e branco, o profissional imortalizou momentos históricos, como a tentativa de assassinato do então presidente americano Ronald Reagan e a Revolução dos Cravos, em Portugal, mas também dedicou seu trabalho em prol da defesa ambiental.

 

Quem foi Sebastião Salgado
Reconhecido internacionalmente por seu trabalho, Salgado ficou marcado pelo registro de seres humanos vivendo em condições sub-humanas. Seu trabalho denunciou as mazelas da sociedade em mais de 40 países e chamou a atenção para a importância da justiça social e da preservação do meio ambiente.

 

Ele nasceu em Aimorés, no interior de Minas Gerais, e formou-se em Economia antes de migrar para a fotografia. Mestre em economia pela Universidade de São Paulo (1968) e doutor pela Universidade de Paris (1971), ele trabalhava na Organização Internacional do Café, em Londres, quando iniciou o desejo de fotografar. O trabalho exigia muitas viagens à África e Salgado gostava de documentar o que via.

 

Em 1974, fez seu primeiro trabalho como fotógrafo freelancer para a agência Sygma. Rapidamente se destacou, sendo contratado por outra agência, a Gamma. No final de 1979, Salgado passou a integrar a Magnum, cooperativa que revolucionou a fotografia documental no século 20, fundada por nomes como Henri Cartier-Bresson e Robert Capa.

 

Na década de 1980, o fotógrafo já havia se estabelecido o suficiente para financiar projetos pessoais. No livro Outras Américas, de 1986, ele registrou povos indígenas de toda a América Latina. Já com a série Trabalhadores, de 1997, documentou o trabalho manual e penoso de indivíduos ao redor do mundo, de minas de enxofre na Indonésia à pesca de atum na Sicília.

 

Durante a produção da série, Salgado realizou um dos trabalhos pelo qual é mais lembrado: o registro de garimpeiros na Serra Pelada, no Pará, que revela as condições desumanas em que a extração do ouro ocorria. Uma das imagens da série, a obra Mina de Ouro de Serra Pelada, Estado do Pará, Brasil, foi eleita pelo jornal New York Times como uma das 25 imagens que definem a modernidade.

 

O fotógrafo também se dedicou a registrar a vida de migrantes, desabrigados e refugiados nos livros Exôdos e Retratos de Crianças do Exôdo. Para o projeto, ele viajou durante seis anos por mais de 40 países. ‘Este livro Exôdos conta a história da humanidade em trânsito. É uma história perturbadora, pois poucas pessoas abandonam a terra natal por vontade própria‘, escreveu ele na introdução da obra.

 

Em 1994, Salgado fundou a agência Amazonas Images, dedicada ao seu trabalho. A maior floresta brasileira também foi tema de seus trabalhos. O fotógrafo passou seis anos viajando pela região e documentando seus povos, rios, montanhas e animais. As imagens estão reunidas em um livro e foram apresentadas em uma exposição que passou por cidades como Paris, Rio de Janeiro e São Paulo em 2022.

 

O mineiro foi reconhecido com alguns dos principais prêmios da fotografia mundial, como o Eugene Smith de Fotografia Humanitária, dois Prêmios ICP Infinity de Jornalismo, o Prêmio Erna e Victor Hasselblad e o prêmio de melhor livro de fotografia do ano do Festival Internacional de Arles por Workers, por Trabalhadores.

 

(com Estadão Conteúdo)

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