Sem emprego desde o começo da pandemia, casal de Chapada pede doações

A crise sanitária e econômica imposta pela pandemia de covid-19 impactou a vida de milhares de brasileiros e acentuou ainda mais a pobreza já presente nas cidades. Uma das casas afetadas foi a da faxineira Izabel de Paula Ferreia, 52. Ela celebra que ninguém da família foi contaminado, porém a fome é presente por lá. 

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Por conta do medo de contaminação e também falta de dinheiro, as contratantes dispensaram seus serviços. O marido, que é motorista de ônibus escolar, também perdeu o emprego. O casal vive de ajuda e pequenos serviços, além do auxilio emergencial de R$ 150 que mal dá para pagar água e luz.

Os filhos do casal já são casados e não moram mais com eles, em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte), mas também têm condições de ajudar.

“Tem dia que a gente passa apurado. Sempre trabalhei na roça e depois como faxineira, nunca passei por uma situação dessa. Tenho até vergonha de pedir”, relata a mulher.

Segundo ela, já pediu ajuda em instituições que têm projetos sociais, mas eles dão prioridade para ajudar famílias mais numerosas. Como na casa mora só o casal, a ajuda é escassa.

Izabel conta que quando prestava serviços de limpeza, por cada casa cobrava entre R$ 120 e R$140. A renda somada ao do esposo garantia a sobrevivência do casal, com a pandemia todos os serviços sumiram.

“Acho que tá todo mundo com medo dessa doença. A dona de uma das casas que eu trabalhava nem vem para a chácara mais”, conta.

Também para se proteger do vírus e sem emprego na cidade, o casal passou vários meses morando em sítio de amigos, na área rural de Chapada.

Izabel conta que toda ajuda é bem vinda. Além de alimentos, ela precisa de uma porta para sua casa. Pois a dela está se decompondo e já foi realizado remendo para que aguente até ganhar ou conseguir comprar outra.

Quem puder ajudar de alguma forma, pode entrar em contato com a mulher pelo telefone (65) 99918-5571.