corpo jogado em matagal 20.09.2025 | 14h09
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
A juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Helícia Vitti Lourenço, determinou que a Polícia Civil preste, no prazo de 30 dias, informações acerca de um vídeo cujas imagens capturadas são relevantes para o julgamento dos réus Luís Fernando da Costa Romeira, Levi dos Santos de Araújo e Eloísa Paula de Souza Foschiera, acusados de sequestro e execução de Luciano Ferraz da Silva. O corpo da vítima foi encontrado em 14 de setembro de 2022, em um terreno atrás do condomínio Havaí, no bairro Pascoal Ramos.
Após 3 anos, a audiência de instrução, redesignada por diversas vezes, ocorreu na última quarta-feira (3) e a magistrada acatou pedido da defensoria pública, que representa um dos réus, requerendo os metadados do vídeo que consta no processo.
Em 14 de setembro de 2002, por volta das 17h30, uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para atender ocorrência de localização de cadáver na região do Pascoal Ramos, na capital. No local foi encontrada uma ossada e também vestes características de pessoa do sexo masculino.
Através de exames e também depoimentos de familiares, a polícia identificou a vítima, tratando-se de Luciano Ferraz da Silva, desaparecido desde o dia 10 de maio de 2022. É dito que Luciano estava residindo com dois amigos e, na tarde do dia 10, saiu de casa e não mais retornou. Ele teria sido visto por populares em bairros vizinhos nos dias que se seguiram ao seu desaparecimento. Informações de testemunhas dão conta de que na casa funcionava uma boca de fumo, que seria inclusive frequentada pelos suspeitos.
Durante as investigações, a polícia teve acesso a um vídeo em que foram captadas imagens de uma pessoa sendo colocada à força dentro de um veículo Siena, de cor prata, por dois homens, que estavam acompanhados de uma mulher, nas proximidades do bairro Pedra 90, onde residia a vítima. Uma testemunha que passava pelo local chegou a anotar a placa do veículo.
A polícia então chegou a Luís Fernando da Costa Romeira, que seria a pessoa conduzindo o veículo, que pertencia a seu irmão. O outro homem que colocou a vítima à força dentro do carro, trata-se de Levi dos Santos de Araujo, e a mulher que aparece nas imagens auxiliando o grupo é a companheira de Levi, Eloísa Paula Souza Fochiera.
Dias depois, em 27 de maio do mesmo ano, em horário não identificado, a vítima teve seu cadáver ocultado em área densa de vegetal e de difícil acesso no bairro Pascoal Ramos. Familiares reconheceram o corpo devido às roupas que utilizava e outros objetos que estavam junto dele.
Recentemente, em 20 de agosto deste ano, um dos réus, Luís Fernando da Costa Romeira, foi preso durante a Operação Tertius. Ele é apontado como "disciplina" do Comando Vermelho e idealizador de um esquema de estelionato virtual e lavagem de capitais, que causou prejuízo de mais de R$ 2 milhões às vítimas.
A investigação conduzida na Delegacia de Estelionato de Cuiabá iniciou em julho de 2022, a partir de uma denúncia anônima sobre a uma residência, na região do bairro CPA 3 em Cuiabá, que era utilizada como escritório para a prática de crimes de estelionato. No local, criminosos atuavam especialmente na modalidade do "golpe do falso intermediário", predominantemente executado por meio de plataformas de compra e venda na internet.
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