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Busca incessante 02.03.2022 | 09h01

Terapeuta explica busca incansável por relações amorosas

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Luiz Leite/Gazeta Digital

Selo Amor nas Redes

 

A vida se tornou mais corrida, a quantidade de filhos diminuiu, a idade para casamento aumentou, as casas se tornaram menores. Mas uma coisa não mudou: a vontade das pessoas em viver um romance. Amar e ser amado.


“Toda pessoa procura alguém para se relacionar afetivamente”, afirma a psicóloga especialista em Terapia de Casal e Famílias, Adriana Ogawa.


Com a era virtual, os aplicativos de relacionamento se tornaram uma relevante ferramenta de encontros, mas as maneiras alternativas de conhecer pessoas, que não festas, restaurantes e eventos sociais, sempre existiram. Cartas, telefones, telegramas e até mesmo programas de auditórios com “conversas às cegas” para ver se iria dar namoro ou amizade eram possibilidades de encontrar o amor e manter contato. Logo, os aplicativos não inovaram, mas possibilitaram mais dinamismo e alcançou mais pessoas. Afinal, é possível conhecer pessoas do mundo todo.


A terapeuta explica que a busca por relacionamento atinge todas as pessoas, independente da orientação sexual, contudo as mulheres ainda são mais afetadas pela eterna busca por afeto e relações. Não há um motivo específico que justifique a procura incansável, mas vários pontos que impulsionam o desejo por um par. Para alguns, ter alguém pode significar afeto, ou companheirismo, ou proteção, ou cuidado, ou sanar o desejo sexual, ou tradição familiar.


Quem não está em um relacionamento ainda é visto pela sociedade como alguém frustrado e até infeliz, o que nem sempre é verdade. “Ter alguém é bom, desde que seja uma escolha por si mesmo, um real entendimento de ter alguém ao seu lado, um desejo próprio e consciente”, pondera.


“Do ponto de vista emocional, encontramos essa necessidade de ter alguém como falsa verdade, como se ter alguém fosse o passaporte para a felicidade, para viver bem, para ser cuidado, protegido, pessoas colocam a condição de ser feliz se tiver se relacionando com alguém. Esse pensamento pode estar ligado às crenças familiares e lealdades familiares, tradições familiares, crenças culturais, e crenças religiosas”, esclarece.


A psicóloga explica que toda forma de amor e encontros é bem vinda, porém é preciso saber lidar com a expectativa e realidade, que pode gerar frustração. Além disso, existe a empolgação do primeiro momento, dos primeiros meses e da paixão que traz frio na barriga, suspiros e sorriso solto, mas que tem data de validade.


“A medida que não conhecemos o outro 'ao vivo' fazemos todo tipo de projeções e idealizações que, na maioria das vezes, não correspondem à realidade. A pessoa acaba se relacionando com quem ela idealiza, não com quem 'é' essa pessoa. Isso pode causar desilusões, fragilidades e até golpes amorosos”, alerta.


A terapeuta narra que a paixão é um sentimento superficial, que envolve fantasia sobre o alvo da paixão. A pessoa apaixonada consegue ver apenas o lado positivo do seu parceiro.


Ele compreende empolgação e sedução, tão diferente, mas complementar ao amor. Ele, geralmente, dura por dois anos e esse é um momento decisivo: ou se torna amor ou o encanto acaba.


“O amor é um sentimento mais maduro, adulto e profundo. A pessoa sai da fantasia projetada no parceiro e começa a enxerga-lo como ele realmente é, com seus defeitos e suas virtudes, amando-o mesmo sabendo que ele não é perfeito ou completo. Ambos precisam de cuidados para acontecer de forma saudável, senão acaba. Respeito, cuidados, comunicação e intimidades são elementos primordiais no relacionamento”, relata.


A terapeuta explica que apesar de quase todas as pessoas buscarem um relacionamento, alguém para compartilhar as alegrias e tristezas cotidianas, isso não é uma necessidade.


“Importante ressaltar que esse sentimento é uma opção e não uma necessidade. Emocionalmente, o fato é: toda pessoa procura alguém para se relacionar afetivamente”, destaca.


Adriana ressalta que, independente, se o relacionamento começou no virtual ou presencial, o mais importante para que dê certo são os acordos que os pares fazem para manter e sustentar a relação.

 

O amor romântico é uma construção social
Nem sempre os casais românticos existiram. Eles foram construídos ao longo dos anos mais como uma relação econômica do que de afeto. Esse conceito passou a ser difundido nos séculos 18 e 19, época em que a mulher teria que ser pura, contida e ter um bom dote para arrumar um casamento. Ela passava dos cuidados paternos para o marido, no casamento onde iria gerar herdeiros para a fortuna construída na união das famílias.


As relações nessa época eram conveniência entre as famílias, não é algo por amor. Aqui se tinha um amor sofrido e imposto.
Além disso, foi imposta a monogamia, que atingia só as mulheres. Homens tinham outros relacionamentos.


Depois os casamentos por amor vieram como uma libertação, mas que atingiu mais os homens. Mulheres ainda precisavam de um relacionamento que desse segurança.


A terapeuta afirma que esse tipo de amor romântico não é para todos, cada um tem sua própria forma de amar. 

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Comentários

sidão - 02/03/2022

é deixar de coversa fiada de rede social e ser mais atuante

1 comentários

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