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sonho realizado 01.02.2025 | 17h50

Via universidade, estudante troca 'cuiabrasa' pelo frio europeu

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Aline Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital

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Mariana Freitas, 21, estudante de jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), saiu do Brasil em 2024 para morar em Portugal e fazer parte de seu curso na Universidade de Coimbra. A decisão de deixar sua família, seu país e seu relacionamento por alguns meses foi recompensada pela realização de um sonho que a jovem alimentava desde a adolescência.

A vontade de vivenciar outra cultura é um plano que Mariana guardava há muito tempo. A princípio, o planejamento era  ser intercambista, porém os custos elevados e a dificuldade em se manter em outro país foram fatores que a impediram e obrigaram a recalcular a rota.

 

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O sonho só se tornou realidade graças à UFMT, quando, por meio do programa de mobilidade, conseguiu uma bolsa parcial para estudar em Coimbra. Os custos de alimentação, moradia e transporte são pagos pela própria estudante, porém, as mensalidades da faculdade são gratuitas para os alunos do programa.

 

Em Portugal, a jovem vive com os avós de seu namorado, uma brasileira, casada com um homem português. Ao , ela contou que viver no país e estudar em uma universidade portuguesa garantiu uma imersão na cultura, não apenas como observadora, mas como participante dela.

 

A alimentação, o clima e até mesmo o idioma falada em Portugal marcam as diferenças com o Brasil. Mesmo que os dois países tenham o português como língua oficial, o sotaque, as palavras utilizadas e a forma literal como empregam os significados foram dificuldades encontradas pela jovem, que demorou um tempo para se adaptar e entender completamente a linguagem local.

 

“Eles têm diferenças até em palavras simples. Por exemplo, ‘banheiro’, se você perguntar a um português ‘onde é o banheiro’, ele não vai saber. Eles chamam de casa de banho. O ônibus aqui se chama autocarro. São coisas que mexem com a nossa cabeça. Para mim, o português do Brasil e o de Portugal são duas línguas bem diferentes”, relatou Freitas.

 

O clima frio trouxe a oportunidade de experimentar um tipo de alimentação diferente da cuiabana. Por estar na Europa durante o outono e inverno, ela relatou que passou a gostar de coisas que não comia na capital mato-grossense, por exemplo, caldos e sopas. Além disso, a culinária portuguesa é rica em vegetais, mas sem a presença de arroz e feijão, como ela era acostumada.

 

As manifestações musicais foram a parte cultural que mais surpreendeu Mariana. Lá, ela conheceu o “fado”, estilo musical português que se caracteriza por ser cantado por uma pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra. Ela teve duas oportunidades de assistir apresentações do estilo. “Assistir uma serenata foi uma das experiências mais bonitas que eu tive aqui”, explicou ela.

 

Hoje, apesar de estudar em Coimbra, ela reside em Pombal, cidade a cerca de 1 hora de distância da Universidade. Mesmo com um trajeto longo diariamente, morar com os avós de seu namorado foi a melhor escolha no contexto da estudante.

 

O país europeu não era a primeira opção de inscrição para a jovem. Inicialmente, seus planos incluíam o México, principalmente para aprimorar o espanhol, porém, com a falta do certificado de fluência, ela decidiu tentar sua segunda opção, que deu certo. 

 

A escolha pela Universidade de Coimbra, uma das mais antigas do mundo, fundada no ano de 1290 foi algo que pesou em sua para ela. No local, Mariana fez amigas brasileiras que também eram estudantes vindas de Cuiabá e de Londrina (PR).

 

Portugal serviu como uma ponte para visitar outros lugares do continente. As passagens aéreas têm um preço acessível para viajar entre os destinos europeus. No período em que está lá, Mariana já conheceu 7 países diferentes.

 

Apesar de ter achado a experiência memorável, o desejo de prolongar sua estadia ou de se mudar permanentemente para o país não existe e ela já planeja seu retorno para os próximos meses. Seu coração sente saudades do lar. “Já estou na contagem regressiva para voltar para casa”, finalizou ela.

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